Corrupção é a marca do governo e Bolsonaro quer tapar o sol com peneira
O senhor Jair Bolsonaro foi eleito enganando os eleitores com uma campanha massiva de Fake News. Entre as muitas mentiras e falsas promessas que semeou destaca-se à do combate à corrupção e ao que chamou de “velha política”.
O “Mito” da extrema direita surfou na mesma vassoura do polêmico Jânio Quadros, que ao renunciar à Presidência da República em 1961 abriu caminho para o golpe militar de 1964. Há poucos dias ele disse com a cara limpa que não existe corrupção no seu santo governo. É óbvio que está mentindo.
As máscaras de Jair Bolsonaro já tinham caído no abismo das relações obscuras do seu Clã com a milícia carioca e do cheque de R$ 89 mil depositado na conta de sua mulher pelo ex-assessor Fabrício Queiroz, hoje curtindo uma prisão domiciliar com a mulher. A nação ainda espera uma explicação da senhora Micheque Bolsonaro.
Acrescente-se as mil e uma falcatruas dos filhos, com destaque para o senador Flavio Bolsonaro, que acumulou uma apreciável fortuna extorquindo funcionários do Legislativo através do esquema apelidado de “rachacinha”. Ah, ele também é amigo íntimo de perigosos milicianos.
Já aquele seu ministro contra o meio ambiente, Ricardo Salles, está sendo investigado pela Justiça por tráfico de influência e apropriação indébita. Pesam sobre ele denúncias e indícios pesadíssimos.
“União estável”
Agora explodiu o escândalo do dinheiro sujo mal acomodado na bunda do seu amigo e vice-líder no Senado, Chico Rodrigues (DEM-RR), que carrega uma capivara comprometedora. Bolsonaro sentiu o golpe e continua saindo pela lateral, ou seja, mentindo.
Diz que não é corrupção no governo, mas abundam os vídeos e postagens em que faz juras de amor ao parlamentar do DEM, que por sinal empregou um parente do presidente no bem remunerado cargo de assessor no Congresso, com salário superior a R$ 20 mil.
Antes do escândalo da cueca, o líder da extrema direita chegou a dizer que a relação entre ele e Chico Rodriguez estava perto de configurar “uma união estável”. Agora, meio no desespero, o “Mito” ilusionista quer dar uma de João-sem-braço. Aposta alto na ignorância e na boa fé do seu eleitorado.
Mas fatos são fatos. E é fato que, ao pedir socorro a Roberto Jefferson e ao chamado Centrão para evitar um impeachment, o político neofascista aliou-se ao que há de mais velho, venal e corrupto no cenário político brasileiro. Será que ele vai conseguir tapar o sol com a peneira?
Desemprego em alta e mudanças no mercado de trabalho são os desafios para o movimento sindical em 2021
Por Anderson Pereira
“O desafio do movimento sindical é enorme para o próximo ano. Além do desemprego em alta, estamos passando por uma acelerada transformação no mercado de trabalho. Basta citar a desintustrialização da economia e a indústria 4.0”.
A avaliação é do coordenador técnico do DIEESE, Fernando Duarte, que participou da live “O sindicalismo necessário para a atualidade”. O evento foi realizado quinta-feira (08) pela Secretaria de Formação da CTB-MG e contou também com a participação do dirigente da CTB, Nivaldo Santana.
Na opinião de Duarte, a redução do número de trabalhadores nos locais de trabalho (escritório em casa) e o aumento da alienação desses trabalhadores estão entre os principais desafios.
“O sujeito que trabalha no UBER, por exemplo, não se reconhece como trabalhador e acredita que é um empresário, quando, na verdade, é um superexplorado”, afirmou ele.
O coordenador técnico do DIEESE lembrou ainda que, antes da Covid-19, o desemprego alcançava 12,2% da população e hoje atinge 13,8%. “Esse número pode ser maior, pois existem muitas pessoas que desistiram de procurar emprego”, lembra ele.
No próximo ano, o especialista acredita que o desemprego pode alcançar 18,1% da população, na medida em que o governo suspender o auxílio emergencial e o benefício concedido às empresas chegar ao fim.
Fernando Duarte afirmou, ainda, que nove milhões de pessoas no Brasil perderam o emprego desde o início da pandemia. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) revelam que, entre os meses de março e junho, o país registrou um saldo negativo de 1,5 milhão de postos de trabalho.
“Esses números são impactantes”, lamenta o coordenador técnico do DIEESE, ao afirmar que, nos últimos meses, houve uma pequena melhora nesse quadro.
Clique aqui e assista a live na íntegra
As lives da Secretaria de Formação da CTB Minas, coordenada pelo Jota, são realizadas quinzenalmente. A live dessa quinta foi mediada por Celina Arêas (coordenadora da Secretaria da Mulher) e contou com o apoio do secretário-geral da CTB-MG, Gelson Alves da Silva e a diretora da SAAEMG, Rogerlan Augusta de Morais.
Nivaldo Santana: “O movimento sindical precisa participar das eleições”
Nivaldo Santana: "Precisamos disputar a luta política para frear os ataques que estamos sofrendo nos últimos anos.". |
Por Anderson Pereira
O dirigente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nivaldo Santana, afirmou, nessa quinta-feira (08), que o movimento sindical precisa eleger o maior número possível de candidatos sindicalistas nas eleições deste ano. A afirmação foi durante uma live realizada pela Secretaria de Formação da CTB-MG que abordou o tema “O sindicalismo necessário para a atualidade”.
“Precisamos disputar a luta política para frear os ataques que estamos sofrendo nos últimos anos, desde a Reforma Trabalhista, passando pela Reforma da Previdência e agora com a Reforma Administrativa”, disse ele.
Durante a live, que também teve a participação do coordenador técnico do DIEESE, Fernando Duarte, Santana fez uma análise histórica do capitalismo no Brasil e no mundo. Hoje, segundo Santana, o país vive uma segunda década perdida na área econômica, assim como aconteceu na década de 1980.
“A pandemia piorou esse cenário que já vinha ruim desde 2014. O Brasil vive uma ‘tempestade perfeita’, isto é, desemprego, pandemia e muitas empresas falidas”, disse ele.
Para Santana, a situação só não é pior devido ao auxílio emergencial concedido pelo governo Federal. Porém, o dirigente sindical mostrou-se preocupado sobre como será após o fim do benefício. Segundo Santana, atualmente 67 milhões de pessoas recebem o auxílio.
Nivaldo Santana falou também sobre o aumento do número de trabalhadores subempregados. Segundo ele, só no Brasil, cerca de 400 mil pessoas prestam serviços para o aplicativo UBER e não têm qualquer direito trabalhista.
No campo político, Santana explicou que o governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro segue com a sua agenda de privatizações e retirada dos direitos trabalhistas. Segundo ele, a reforma administrativa é mais um passo nessa direção, pois prevê a demissão de profissionais concursados e a contratação de apadrinhados políticos.
Nivaldo Santana falou ainda sobre a importância das ferramentas tecnológicas para enfrentar essa conjuntura adversa. Segundo ele, os sindicatos precisam investir na comunicação virtual, mas sem esquecer de visitar as suas bases.
Clique aqui e assista a live completa
As lives da Secretaria de Formação da CTB Minas, coordenada pelo Jota, são realizadas quinzenalmente. A live da Quinta () foi mediada por Celina Arêas (coordenadora da Secretaria da Mulher) e contou com o apoio do secretário-geral da CTB-MG, Gelson Alves da Silva e a diretora da SAAEMG, Rogerlan Augusta de Morais.
Foto: CTB
Inflação segue trajetória de alta, preços de alimentos também sobem e população perde trabalho e renda
Por Vitor Nuzzi
São Paulo – A inflação oficial no Brasil mantém trajetória de alta, com influência direta dos preços dos alimentos. Nesta sexta-feira (9), o IBGE informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,64% no mês passado. É a maior taxa do ano e o maior resultado para setembro desde 2003. Já o INPC (confira no final) é o maior desde 1995. Agora, o IPCA soma 1,34% em 2020. No acumulado em 12 meses, volta ao patamar dos 3%, atingindo 3,14%.
Todas as regiões pesquisadas tiveram alta. Em cinco, o índice mensal ficou acima de 1%. A inflação em elevação coincide com um momento em que grande parte da população está sem trabalho ou na dependência do auxílio emergencial. Que o governo cortou pela metade, enquanto oposição e centrais tentam manter o valor integral, de R$ 600. A tendência de aumento dos alimentos já havia sido detectada em outros levantamentos, como o da cesta básica.
Alta já supera 2019
Segundo o IBGE, a maior variação em setembro foi do grupo Alimentação e Bebidas, 2,28%, bem acima de agosto (0,78%). Apenas esse grupo representou impacto de 0,46 ponto percentual no índice do mês. A alta em 2020 já é de 7,30%, acima de todo o ano de 2019 (6,37%).
Óleo de soja (aumento de 27,54%) e arroz (17,98%), juntos, somaram 0,16 ponto no IPCA mensal. Esses dois produtos acumulam alta no ano de 51,30% e 40,69%, respectivamente.
Outros preços de alimentos importantes também subiram. Casos do tomate (11,72%), do leite longa vida (6,01%) e das carnes (4,53%). Entre as quedas, o IBGE cita cebola (-11,80%), batata inglesa (-6,30%), alho (-4,54%) e frutas (-1,59%).
Comer fora também fica mais caro
Os alimentos para consumo no domicílio tiveram aumento de 2,89% em setembro. Já a alimentação fora, que havia caído 0,11% no mês anterior, agora subiu 0,82%, com alta tanto do lanche (1,12%) como da refeição (0,66%).
Artigos de Residência foi o grupo com a segunda maior variação: 1%. O item TV, som e informática subiu 1,99%, enquanto mobiliário aumentou 1,10%. Mesmo assim, esse segundo item acumula queda de 8,73% no ano.
Em Transportes (0,70%), o IBGE apurou a quarta alta seguida, embora com menos intensidade. O preço médio da gasolina, que havia subido 3,22% em agosto, aumentou 1,95%. E contribuiu com 0,09 ponto para o resultado geral. O óleo diesel subiu 2,47% e o etanol, 2,21%, enquanto o gás veicular caiu 3,16%. As passagens aéreas tiveram alta de 6,39%.
Gás de botijão: aumento
No grupo Habitação, que teve aumento de 0,37%, destaque para o gás de botijão, que subiu 1,61%. O gás encanado caiu 0,85%, enquanto a taxa de água e esgoto teve alta de 0,56%. A energia elétrica teve variação de 0,07%.
O grupo Vestuário também subiu 0,37%, com aumento de 0,56% em calçados e acessórios e de 0,58% em roupas masculinas. As femininas caíram 0,11%. Joias e bijuterias seguem em elevação, embora menor do que em agosto, de 2,32% para 1,22%.
Com queda de 0,64%, Saúde e Cuidados Pessoais teve impacto de -0,09 ponto no índice mensal. Isso ocorreu pela redução de 2,31% no plano de saúde (-0,10 ponto), item cujos reajustes foram suspensos até o fim do ano.
Altas em todo o país
Entre as 16 regiões pesquisadas, todas com alta, o menor índice foi apurado na região metropolitana de Salvador (0,23%) e o maior, no município de Campo Grande (1,26%). Outras quatro áreas registraram inflação de 1% ou mais em setembro: São Luís (1%), Goiânia (1,03%), Rio Branco (1,19%) e Fortaleza (1,22%). Na Grande São Paulo, a taxa foi de 0,44%.
Em 12 meses, o IPCA vai de 2,47% (região metropolitana de Curitiba) a 5,78% (Campo Grande). Em São Paulo, 3,12%.
Maior INPC desde 1995
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 0,87%, maior resultado para setembro desde 1995. No ano, acumula alta de 2,04%. Em 12 meses, avança para 3,89%.
Segundo apurou o IBGE, os preços de alimentos subiram em média 2,63%, ante 0,80% em agosto. Já os não alimentícios passaram de 0,23% para 0,35%.
Fonte: Rede Brasil Atual
Nota das Centrais: Toda pressão sobre os deputados pelos 600 reais
Com o compromisso de defender a totalidade dos trabalhadores brasileiros, a CUT, Força, UGT, CTB, CSB, NCST, CGTB, CSP-Conlutas, Intersindical, Intersindical Instrumento de Luta e Pública convocam todos os seus entes e sindicatos a fazer um mutirão de pressão sobre os deputados e deputadas que ocupam as lideranças partidárias na Câmara para que votem e aprovem o auxílio emergencial de R$ 600,00.
O orientação é massificar a divulgação da ferramenta NaPressão http://bit.ly/600PeloBrasil e do Abaixo-assinado https://bit.ly/3cP7SPY, por meio de banner nos sites e compartilhar nas redes e listas de transmissão e grupos de whatsapp. Na impossibilidade de banner, usar esse texto como base para uma matéria, que fale da importância de apoiar, aderir, divulgar e compartilhar as ações nos veículos de comunicação dos sindicatos (sites, jornais), redes, e aplicativos de mensagens, destacando os links do NaPressão e do abaixo-assinado.
Tenho carteira assinada, não preciso do auxílio emergencial
Não é bem assim. Entenda.
Hoje, 65 milhões de brasileiros e brasileiras dependem exclusivamente do auxílio emergencial para sobreviver, em consequência dos efeitos da pandemia, da crise econômica e do desgoverno Bolsonaro. Isso significa que 30 em cada 100 cidadãos, boa parte crianças, não teriam como comer sem esse dinheiro.
O auxílio impacta diretamente na economia de forma positiva, porque atende trabalhadores informais, alimenta o consumo, a atividade nas empresas e protege milhões de empregos. Faz a roda da economia girar e, desde abril, impede que o Brasil mergulhe em uma crise econômica ainda maior, o que afetaria também os empregos trabalhadores(as) formalizados.
Os R$ 600,00 tiveram impacto positivo na massa de rendimentos das famílias que, transformada em consumo, foi capaz de sustentar mais de 2% do PIB brasileiro em 2020. Ajudou as receitas fiscais de municípios, Estados e da União e Previdência Social.
Além disso, as centrais sindicais têm a decisão de defender todos os trabalhadores, sejam eles informais, desempregados, formalizados. Foi o movimento sindical, com os partidos de oposição, que conseguiram transformar o auxílio em um grande programa emergencial de distribuição de renda.
A mobilização, ação e pressão das centrais sindicais junto ao Congresso Nacional foi decisiva para garantir os R$ 600 na primeira fase do programa, porque o governo federal queria pagar apenas R$ 200. O auxílio foi prorrogado até dezembro de 2020 por meio da Medida Provisória 1.000, mas o governo reduziu as parcelas para R$ 300,00.
A MP tem e ser votada e aprovada pela Câmara dos Deputado, porque caduca em dezembro, o que interessa ao governo. A medida recebeu 262 emendas, boa parte propõe elevar o valor, daí a importância de pressionar pela sua votação imediata.
Por tudo isso, pressionar pela manutenção do valor de R$ 600,00, no bojo da votação da MP. É luta prioritária de toda a classe trabalhadora, que, direta ou indiretamente, será prejudicada se o valor permanecer em R$ 300,00.
NaPressão http://bit.ly/600PeloBrasil
Abaixo-assinado https://bit.ly/3cP7SPY
Sérgio Nobre
Presidente da CUT
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical
Adilson Araújo
Presidente da CTB
José Calixto Ramos
Presidente da NCST
Alvaro Egea
Secretário Geral da CSB
Ricardo Patah
Presidente da UGT
Ubiraci Dantas Oliveira
Presidente da CGTB
Joaninha de Oliveira
Secretaria Executiva Nacional da CSP – Conlutas
Nilza Pereira de Almeida
Secretaria de Finanças – Intersindical – Central da Classe Trabalhadora
Emanuel Melato
Coordenação da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora
José Gozze
Presidente – Pública Central do Servidor
São Paulo, 1º de outubro de 2020
SINPROESEMMA denuncia desmonte do Estado brasileiro caso PEC 32/2020 seja aprovada
O Sinproesemma participou na manhã desta quarta-feira,30, de ato público em frente ao Ministério da Economia, em São Luís, em defesa do serviço público e contra a (de)reforma administrativa de Jair Bolsonaro e o “chicago boy ” Paulo Guedes.
Organizado pelas Centrais Sindicais e com o apoio de vários sindicatos, o ato público chamou a atenção para o desmonte do serviço público e a carreira dos servidores. A proposta de (de)reforma prevê o fim da estabilidade dos servidores que passariam a ser indicados por políticos, autoriza a extinção de órgãos, privatizações, desmonte e precarização do serviço público.
“Novamente o governo de Bolsonaro ataca a classe trabalhadora do país. Esse governo não tem um projeto econômico e o ministro da Economia, Paulo Guedes e sua equipe, estão propondo destruir o Estado, retirar direitos e sacrificar ainda mais os mais pobres”, disse Joel Nascimento, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, CTB-MA.
Segundo o presidente do Sinproesemma, Raimundo Oliveira, é preciso engajamento de toda a sociedade organizada para que mais esse retrocesso contra os trabalhadores seja evitado.
“Estamos nas ruas para denunciar mais essa malvadeza que o governo de Bolsonaro está fazendo com os servidores públicos. Temos o dever de denunciar e combater essa (De)reforma que é mais um engodo do Governo Federal, como foi a reforma trabalhista, a reforma da previdência e a Lei das Terceirizações que, na prática, só serviu para retirar direitos de trabalhadores. E para essa reforma administrativa a equipe do Bozo ainda propõem desviar recursos de setores como educação saúde e segurança”, ponderou Oliveira.