Em Santa Inês, SINPROESEMMA ao lado de professores estão em Greve cobrando reajuste de 2017

SINPROESEMMA ao lado de trabalhadores e trabalhadoras em educação
nas ruas de Santa Inês
Educadores da Rede Municipal de Ensino de Santa Inês estão em greve desde esta quinta-feira (24), por tempo indeterminado, cobrando o pagamento integral do reajuste salarial de 7.64%, referente a este ano e determinado pelo Ministério da Educação (MEC). 

A decisão foi tomada em assembleia da categoria, diante da postura da prefeita Vianey Bringel (PSDB), denunciada pelos educadores por falta de compromisso e por intransigência no trato com a educação municipal e com os trabalhadores.

Na assembleia, os educadores decidiram paralisar nesta quinta (24) e nesta sexta-feira (25) e fazer greve, por tempo indeterminado, a partir da próxima segunda-feira (28). A categoria recebe o apoio da direção geral do Sinproesemma e todas as ações são acompanhadas pelo presidente da entidade, Raimundo Oliveira, e pela secretária de Representação dos Núcleos Municipais, Janice Nery.

Desrespeito 

A categoria denuncia que a prefeita não cumpriu o compromisso assumido com a coordenação regional do Sinproesemma, quanto ao pagamento integral do reajuste salarial de 7.64%, referente a este ano. A prefeita pagou apenas 4% do reajuste e, até o momento, mesmo com as cobranças da entidade, a gestora se nega a pagar o restante de 3.64% que falta para recompor os salários da categoria.

“Com esse pagamento fatiado a categoria já está no prejuízo porque a nossa data base é no mês de janeiro e ela pagou em junho. De lá pra cá, se nega a pagar o restante que é de 3.64%, que é nosso direito”, pontuou a diretora do núcleo do Sinproesemma em Santa Inês, Antônia Silva.

De acordo com a sindicalista, a prefeita além de não cumprir com o pagamento integral do reajuste salarial, tem sido intransigente quanto aos demais direitos previstos no Plano de Cargos Carreias e Salários dos professores. “A gestora se nega a cumprir com as promoções,  as progressões e não paga as gratificações”, disse.

Insegurança

Após a situação no município de Zé Doca, quando a prefeita Josinha aprovou um Projeto de Lei com o objetivo de extinguir o Plano de Cargos Carreiras e Salários dos educadores e proibir a criação de sindicatos da categoria, o clima de insegurança e o medo da supressão de direitos também chegaram aos professores de Santa Inês.

Antônia Silva conta que o Sinproesemma local foi notificado, recentemente, pela secretária de Educação do município, Maria do Carmo Gama, que mandou um ofício solicitando retorno de sindicalistas às escolas, com o intuito de esvaziar o sindicato.

“Já convivíamos numa situação de pressão e estresse. Agora, os professores estão com medo porque recebemos um ofício que retira os sindicalistas de dentro do sindicato, sendo que nós somos amparados pelo Estatuto do Educador, que garante a nós o direito de lutar pela categoria dentro do sindicato. Agora eles querem esvaziar a entidade e isso é para enfraquecer a luta da categoria”, denuncia Antônia.

De acordo com o Plano de Cargos, os profissionais têm o direito de compor a entidade sindical, com a liberação de até cinco profissionais. Porém, segundo a diretora do núcleo sindical, a prefeita encaminhou o documento ao sindicato exigindo que, dos cinco sindicalistas, apenas um, fique na entidade: “impedindo os demais de lutar pela categoria, enfraquecendo assim o sindicato e burlando a lei. Um assunto que merece a atenção do Ministério Público”.

Fonte: ASCOM - SINPROESEMMA

Nenhum comentário:

Postar um comentário