“Teocracia em Vertigem”: especial de Natal do Porta dos Fundos pensa sobre o Brasil de hoje


Por Marcos Aurélio Ruy


O especial de Natal do grupo Porta dos Fundos deste ano pensa sobre o país em que o Brasil se transformou, principalmente após a eleição de Jair Bolsonaro, em 2018. Bem ao estilo do grupo britânico Monty Python (“A Vida de Brian”, de 1979 e “O Sentido da Vida”, de 1981), o grupo brasileiro brinca e faz pensar sobre o ódio às classes populares e ao diferente que predomina na sociedade brasileira.

Por isso, dizem que “Cristo não vai voltar” muito provavelmente porque se retornasse seria odiado, talvez apedrejado pelos defensores da ideia da “Terra plana” e do país ser dominado por uma teocracia fundamentalista que não aceita o diálogo e rejeita o conhecimento, a ciência, as artes e todas as pessoas que ousam pensar.

Assista Teocracia em Vertigem (2020) pelo YouTube


Ao citar “Democracia em Vertigem” (2019), de Petra Costa, documentário sobre o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, que pode ser assistido na Netflix. Como se fosse um documentário também, “Teocracia em Vertigem” narra a vida de Jesus Cristo sob o prisma da política brasileira dos últimos quatro anos.

Com direção de Rodrigo Van Der Put e roteiro de Fábio Porchat, o especial apresenta o processo de crucificação de Cristo com Pôncio Pilatos lavando as mãos e o povo preferindo a libertação de Barrabás e a pena capital de Cristo. Este especial de Natal se encontra no canal do YouTube do Porta dos Fundos porque a Netflix não renovou o contrato com o grupo, talvez sob a influência da polêmica causada em 2019 com “A Primeira Tentação de Cristo”, que sugere um Cristo gay.

O especial deste ano não chamou tanto a atenção de grupos de fanáticos religiosos, movidos pela raiva insana. Com a notória citação de “A Última Tentação de Cristo”, (1988), de Martin Scorsese, “A Primeira Tentação” provocou a ira de radicais de extrema direita e, chegou a ser proibido pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, sendo liberado pelo Supremo Tribunal Federal. A censura chamou mais a atenção ainda ao trabalho do Porta dos Fundos.

Veja A Primeira Tentação de Cristo (2019)
Mas como o objetivo do Porta dos Fundos é provocar e com sua provocação fazer as pessoas pensarem sobre a vida, desta vez, o grupo traz um Cristo loiro, assexuado e talvez muito por isso não tenha causado horrores. Mostra o descalabro da extrema direita dominar o Estado e tentar levar o Brasil para uma teocracia fundamentalista, fundamentada na violência, no medo e no ódio. Vale a pena assistir para rir e pensar.

Fonte: Portal CTB

Dieese completa 65 anos levando o conhecimento científico à classe trabalhadora


O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) completa nesta terça-feira (22) 65 anos de fundação. Foi criado em um momento histórico em que os trabalhadores e trabalhadoras discutiam como se contrapor ao índice do custo de vida na cidade de São Paulo.

“O Dieese nasce calculando o preço da inflação. A ideia do Dieese foi de que o conjunto de técnicos deveria levar o conhecimento científico a classe trabalhadora. E de alguma forma isso é bastante simbólico em um ano pandêmico onde a ciência tem sido contestada”, afirmou Fausto Augusto Junior, diretor técnico do Dieese.

Confira a entrevista na íntegra na Rede TVT


Pesquisa aponta maior violência contra as mulheres no mundo do trabalho


Por Marcos Aurélio Ruy. 
Foto: Thinkstock

A pesquisa Percepções sobre a violência e o assédio contra mulheres no trabalho, feita pelos institutos Locomotiva e Patrícia Galvão, entre 7 e 20 de outubro e divulgada em dezembro, traz dados para a compreensão do machismo no mercado de trabalho.

“Esse estudo comprova uma realidade sentida por nós mulheres sindicalistas há muito tempo”, revela Celina Arêas, secretária da Mulher Trabalhadora da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

A sindicalista mineira afirma que “a ideologia do patriarcado ainda prevalece em nossa sociedade” e o “mercado de trabalho não foge à regra”. Só que “a cultura do estupro vem ganhando dimensões impensáveis para uma sociedade que se pretenda civilizada”.

Já Gicélia Bitencourt, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB-SP, assinala a violência psicológica como a mais comum, e com maior dificuldade de percepção, sofrida pelas mulheres. “Naturalizar violências que não causam lesões físicas, faz com que esse tipo de violência se perpetue. É muito comum nos depararmos com situações onde as mulheres que sofrem violência se sintam culpadas pela violência que sofrem, ou alguém sempre questiona ‘o que ela fez?’”, afirma.


Acompanhe a pesquisa completa aqui.

A começar pela questão do assédio, tanto moral quanto sexual, pelo qual 92% dos 1.500 entrevistados (mil mulheres e 500 homens) acreditam que as mulheres sofrem mais assédio no ambiente do trabalho. A situação de assédio é crucial no mercado de trabalho brasileiro, mas 76% das mulheres dizem já ter vivenciado alguma situação de humilhação ou violência (gritos, xingamentos ou qualquer tipo de discriminação). Entre os homens esse índice é de 68%.

Por isso, para Gicélia, “é necessário forçar o debate para o despertar da consciência de que as mulheres não devem ser culpabilizadas pela violência sofrida e desconstruir esse machismo imposto pelo patriarcado”.

As mulheres buscam independência financeira no trabalho, disseram 69% das pesquisadas. Entre os homens esse índice é de 60%. Já 68% das mulheres acreditam ter menos possibilidades de serem promovidas por serem mulheres e mães.

A pandemia agravou a situação. Pela opinião de 92% das mulheres entrevistadas, a pandemia trouxe mais prejuízos a elas com o acúmulo de tarefas domésticas e cuidados com os filhos. Entre os homens 84% acreditam nisso. Além de ter aumentado durante a pandemia, a violência doméstica piora o desempenho no trabalho, afirmam 69% das mulheres.

A insegurança no mercado de trabalho também cresceu mais para as mulheres durante a pandemia. O estudo aponta que 64% delas relataram aumento no medo de perder o emprego, entre os homens 61% viram esse medo crescer. Já 34% delas e 30% deles perderam o emprego por causa da pandemia.

Enquanto 78% das mulheres relataram sobrecarga de trabalho causada pelo isolamento social e o home office, entre os homens 65% disseram ter aumentado o trabalho no período. O trabalho doméstico aumentou para 72% das mulheres e 45% dos homens.

Celina realça a importância da Convenção 190 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que preconiza a extinção do assédio e da violência no ambiente do trabalho. “Pesquisas como essa reforçam a importância da nossa luta por igualdade de direitos entres os gêneros no mercado de trabalho e na sociedade”.

De acordo com ela, é necessário aumentar a presença da mulher em cargos mais elevados no mercado de trabalho e nos movimentos sociais, assim como no movimento sindical. “Quanto mais mulheres tivermos em cargos de direção em todas as instâncias, mais conseguiremos dar visibilidade à nossa luta por igualdade de gênero”.

SINPROESEMMA confraterniza com Núcleos Sindicais da Regional de Barra do Corda


O SINPROESEMMA segue promovendo e organizando os trabalhadores e trabalhadoras em educação do Estado e de parte das Redes municipais no Maranhão. 

Desta vez foi na Regional de Barra do Corda. 

Sempre inovando o Sindicato promoveu a primeira confraternização dos núcleos da Regional. 

O almoço foi oferecido na sede social dos professores com música ao vivo ao som de Canídia e entrega de panetones.

De acordo com a Coordenação o objetivo deste momento é reafirmar os laços de amizade e luta e ao mesmo tempo criar um momento natalino de votos de esperança, de saúde com a chegada da vacina e demonstrar que o espírito aguerrido de luta, de busca por justiça social e compromisso no combate às desigualdades sociais e à defesa dos direitos dos trabalhadores em educação estão vivos e cada vez mais firmes.

O evento contou com a participação dos quatro núcleos ativos: Barra do Corda, Fernando Falcão, Itaipava do Grajaú e Jenipapo dos Vieiras. 

O Presidente do SINPROESEMMA Raimundo Oliveira e o ex-presidente e atual vice-prefeito de São Luís Júlio Pinheiro prestigiaram a festa dos educadores e educadoras. 

O Presidente Raimundo Oliveira parabenizou o evento e disse ter ficado honrado pelo convite de fazer parte da festa democrática da Educação há regional de Barra do Corda. Oliveira destacou as conquistas da classe e incentivou para que a regional continue sendo combativa e defensora da classe.  

O ex-presidente do SINPROESEMMA e atual  vice-prefeito de São Luís Júlio Pinheiro  falou dos avanços em infraestrutura e saneamento no seu município e destacou a iniciativa de a regional reunir os núcleos para essa primeira confraternização. 

A coordenadora do núcleo de Jenipapo dos Vieiras Andréa Almeida falou a todos os presentes que o Sindicato faz história na defesa dos educadores e educadoras do Maranhão. A professora lembrou que por conta da mobilização e seriedade dos educadores e do Sindicato a categoria indicará a nova Secretária de Educação do município e encerrou sua fala parabenizando o evento e elogiando a categoria que caminha ao lado do SINPROESEMMA.

O coordenador de Fernando Falcão Professor Hamilton falou da importância de seu município ter conseguido eleger duas mulheres professoras: prefeita e vice-prefeita. E disse que está sempre à disposição do SINPROESEMMA. 

O coordenador do Núcleo do SINPROESEMMA em Itaipava do Grajaú professor Márcio agradeceu o convite. Falou "temer dias difíceis no seu município", mas reafirmou o "compromisso do Sindicato com a luta e que continua firme na defesa dos direitos trabalhadores.".

O coordenador do Núcleo sindical de Barra do Corda professor Jaile Lopes falou da importância de reunir os núcleos para esse momento de confraternização. "Momento para dividirmos afetos e reafirmamos o bom combate na defesa da educação. Falou que essa iniciativa já deveria ter acontecido. Mas tudo tem a hora certa de começar.", disse.

SINPROESEMMA tem reunião com SEDUC e inicia diálogo sobre Campanha Salarial 2021


Em reunião na tarde desta sexta-feira, 18, a diretoria do Sinproesemma esteve reunida com a Seduc para dar início a campanha salarial 2021.

Durante a reunião, o presidente do Sinproesemma fez uma avaliação sobre a atual conjuntura da educação e falou sobre os eixos permanentes da pauta de reivindicação 2021 que se baliza na valorização dos trabalhadores em educação, infraestrutura das escolas, qualificação profissional e a qualidade do ensino aprendizagem. A direção do Sinproesemma tratou ainda sobre o término do ano letivo e a volta às aulas em 2021.

“Tivemos um ano muito difícil, onde junto com a pandemia tivemos que lutar contra as manobras e tentativas do governo federal de retirar direitos dos trabalhadores em educação. Acreditamos em um esforço conjunto entre Sinproesemma e Seduc para construirmos um caminho de atendimento à pauta de reivindicação na perspectiva de um ano novo melhor, com dias melhores para a nossa categoria”, disse Raimundo Oliveira.

A direção do Sinproesemma enfatizou da necessidade da automaticidade das progressões, de regularização das titulações e promoções dos trabalhadores em educação do Maranhão, além da realização de concurso público, ampliação de matrícula, lançamento de edital de curso pró-funcionário, celeridade na publicação de portarias de aposentadoria, condições sanitárias para o retorno das aulas, entre outros.

Segundo o secretário de Educação Felipe Camarão, todos os questionamentos do Sinproesemma já serão respondidos em uma nova reunião que ficou agendada para janeiro de 2021.

“Temos um contato permanente com o Sinproesemma. Durante todo o ano fizemos reuniões por videoconferência e webinários onde debatemos as formas de aulas por conta da pandemia, entre outros pontos como a garantia das férias sem antecipação. Fizemos uma avaliação desse cenário e apresentamos as perspectivas financeiras e pedagógicas para 2021, propondo um calendário para o ano que vem. Agora é debater e dialogar para garantir boas notícias para os trabalhadores em educação tanto no campo financeiro como pedagógico”, disse Felipe.

Ano letivo de 2021

A Seduc apresentou ao Sinproesemma a proposta de calendário para o ano letivo de 2021. A ideia é terminar esse ano letivo de forma remota como já vem acontecendo até o final de dezembro, sendo mais tarde até o final de janeiro e garantindo o recesso antes do início do ano letivo previsto para fevereiro de 2021, começando dia 08 nas escolas de tempo integral e dia 22 nas escolas regulares. Os 2º e 3º anos terão calendários fixos, com aulas de forma híbrida e gradativa. Todos os trabalhadores em educação do Estado farão testagem para a Covid-19 e será aplicado o inquérito sorológico (testagem por amostra) para os estudantes.


Todas as normas de biossegurança serão respeitadas e a quantidade de alunos em sala será reduzida buscando a melhor forma de revezamento entre os alunos, tendo as escolas autonomia para implantar a forma de fazer essa dinâmica. A Seduc irá disponibilizar kits de higiene para a comunidade escolar, assim como continuará a distribuição de chips de internet. Será disponibilizada ainda para o Sinproesemma uma nota técnica das autoridades em saúde do Estado que irá apontar as condições necessárias para a volta das aulas presenciais na rede estadual. A nota vai apontar os mecanismos necessários para a volta segura das aulas.

“Tivemos uma reunião muito proveitosa com a Seduc, onde tratamos dos principais pontos inerentes a valorização dos trabalhadores em educação, a possibilidade da retomada ou não das aulas presenciais, debatendo também outras formas, caso não haja condições segundo os especialistas em saúde. Entendemos as dificuldades impostas por leis aprovadas pelo Governo Federal contra os trabalhadores que traz um enorme retrocesso, mas temos perspectivas que com diálogo possamos avançar em pontos pendentes e que atendam às necessidades de valorização da nossa categoria e o cumprimento do nosso Estatuto”, enfatizou Oliveira.

Acompanhe aqui íntegra da Resolução Política aprovada em Reunião nacional da CTB que marca os 13 anos da Central


Num ano marcado pela crise sanitária, econômica e política, com restrições às manifestações de rua, a CTB recorreu a novas formas de luta para defender a vida, a saúde, o emprego, a renda e os direitos da classe trabalhadora em unidade com outras centrais, os movimentos sociais e as forças democráticas e populares. Na reunião virtual concluída nesta sexta-feira (18) a Direção Nacional da Central fez um balanço de 2020. Confira:

Balanço da ação da CTB em 2020

Novos desafios para o movimento sindical emergiram em 2020 no rastro da pandemia do novo coronavírus, exigindo um esforço redobrado em defesa da vida, da saúde, do emprego e direitos da nossa classe trabalhadora.

Governo e patrões procuraram tirar proveito da situação para avançar na obra de destruição do Direito do Trabalho. Ao mesmo tempo continuam avessos a medidas de proteção dos trabalhadores e trabalhadoras sob o pretexto de que o aumento das despesas públicas provoca desequilíbrio fiscal.

A luta das centrais, em aliança com os movimentos sociais, forças políticas e parlamentares sensíveis aos interesses populares, tem se revelado fundamental para conter retrocessos, amenizar os efeitos perversos da crise e aliviar o sofrimento do povo brasileiro.

Conquistas unitárias

Em unidade com as demais centrais, a CTB tem se destacado na linha de frente deste combate, que tem no Congresso Nacional um dos seus principais palcos e o objetivo sintetizado na palavra de ordem Fora Bolsonaro.

Os dirigentes sindicais mantiveram diálogos com lideranças do Parlamento, ministros do STF, Ministério Público do Trabalho, governadores, prefeitos e outras organizações e autoridades com o objetivo de contribuir no enfrentamento do problema e defender a classe trabalhadora brasileira.

Entre os resultados para os quais essas ações contribuíram podem ser elencados:

* O Auxílio Emergencial de R$ 600,00 per capita, um valor três superior ao proposto inicialmente pelo governo, que se eleva a R$ 1,2 mil para mulheres chefes de família. A CTB luta agora pela prorrogação do benefício, com a restauração do seu valor original, até que se verifique o fim da epidemia e uma redução substancial do desemprego;

* Apoio Emergencial à Cultura através da Lei Aldir Blanc;

* Apoio a estados e municípios;

* Apoio a micro e pequenas empresas;

* Derrota da MP 905, que caducou no Congresso frustrando a intenção do governo Bolsonaro de transformá-la em lei;

* A retirada de vários retrocessos embutidos na MP 936;

* A realização do 1º de Maio unificado das centrais;

* A realização de reuniões setoriais unificadas de ramos como indústria de transformação, construção civil, transportes, comércio, para o estabelecimento de protocolos para a proteção da saúde nos ambientes de trabalho.

Defesa da vida

Cabe assinalar, ainda, o papel das centrais no debate da defesa do isolamento e das alternativas para a crise sem sacrificar os interesses do povo, como a reconversão industrial com o objetivo de potencializar o combate à covid-19. O documento intitulado “Em defesa da vida, da democracia, emprego e renda” desempenhou relevante papel neste sentido. Ganha centralidade nessas condições a luta da nossa central em defesa da sustentação material, do fortalecimento das entidades e da unicidade sindical em contraposição à pulverização e divisão das bases.

Nas eleições municipais as lideranças da CTB se empenharam pela vitória de candidatos comprometidos com a defesa dos interesses da classe trabalhadora, priorizando os sindicalistas de suas bases, e contra os candidatos associados ao bolsonarismo.

Educação e saúde

A CTB concentrou esforços nas mobilizações em defesa da educação pública, destacadamente na luta exitosa por um novo Fundeb destinado exclusivamente ao financiamento da educação pública e valorização das trabalhadoras e trabalhadores da área.

Também foi destacada a contribuição da Central na formação da Frente pela Vida que construiu e lançou a campanha nacional “O Brasil Precisa do SUS – Vacinas pra todos já”, que deve ganhar força com o protagonismo do movimento sindical.

Serviços e empresas públicas

A CTB participou de todos os fóruns em defesa dos trabalhadores e do serviço públicos e contra os ataques que vêm sofrendo, mediando, negociando e pressionando deputados e senadores, em especial contra a nefasta reforma administrativa proposta pelo governo Bolsonaro.

Igualmente relevante foi o empenho na luta contra a política de privatizações e desmonte das empresas estatais (Eletrobras, Correios, Petrobras, BB, Caixa, empresas de saneamento). As empresas públicas são fundamentais para a soberania e o desenvolvimento nacional.

Contra o imperialismo

No âmbito internacional a CTB acompanhou as lutas da FSM (Federação Sindical Mundial) e participou do Encontro Mundial Contra o Imperialismo, pela Vida, pela Soberania e pela Paz” em janeiro de 2020, realizado em Caracas, capital da Venezuela; participou da semana de solidariedade à luta dos trabalhadores venezuelanos contra o embargo econômico imposto pelo imperialismo e dos atos promovidos em frente ao consulado dos EUA em São Paulo em solidariedade aos trabalhadores vítimas da pandemia de covid no país mais rico do mundo; contribuiu nas atividades de solidariedade ao povo cubano que sofre um embargo econômico dos EUA há 60 anos; participou ativamente da criação da UIS Textil da FSM.

Têm especial relevância as iniciativas adotadas no sentido de intensificar a formação e conscientização política das lideranças e do conjunto da militância da CTB. Uma iniciativa inovadora foi a instalação de uma Sala Virtual de Debates. Durante três meses foram promovidos, semanalmente, vários debates virtuais ao vivo sobre temas candentes da conjuntura, acrescidas de lives em diferentes dias que aprofundam o conhecimento da crise e a consciência sobre as alternativas econômicas e políticas para superar os grandes dilemas nacionais.

Formação inovadora

Em julho a Secretaria de Formação lançou a Plataforma da Escola (o EAD Sindical) e, desde então, promove mensalmente cursos à distância através do canal da CTB no Youtube.

No dia 20 de junho a CTB realizou sua 1ª Plenária Virtual. O êxito da iniciativa transparece na participação mais de mil sindicalistas no evento, que definiu a estratégia da Central no enfrentamento da crise sanitária, econômica e política do país. Também foram realizadas diversas plenárias estaduais e regionais.

A CTB também adquiriu e distribuiu máscaras de proteção contra o novo coronavírus. Seções estaduais e entidades filiadas à Central também se destacaram em ações de solidariedade e a CTB Bahia chegou a arrecadar toneladas de alimentos para distribuição a trabalhadores e trabalhadoras que perderam o emprego e a renda em função da crise.

Comunicação

A comunicação desempenha um papel central na luta ideológica cotidiana para difundir as opiniões e concepções do sindicalismo classista. A CTB busca contornar o aperto financeiro decorrente do fim da Contribuição Sindical compulsória e avançar nesta frente constituindo a Rede Povo de Comunicação com o concurso das secretarias estaduais de comunicação e jornalistas militantes das causas trabalhistas para ampliar o conteúdo e elevar a qualidade do site e dos espaços da Central nas chamadas mídias sociais.

Passos muito positivos foram dados nesta direção durante a pandemia. Jornalistas e colaboradores de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul já integram a Rede Nacional de Comunicação da CTB (que será tema de debate nesta reunião) e contribuem regularmente com a produção de conteúdos para o site, enriquecendo-o e tornando-o mais atraente.

Aberta a todas as seções estaduais e entidades associadas à CTB a rede pode e deve ser ampliada com novas adesões e aperfeiçoada, transformando-se num poderoso instrumento de luta contra a ideologia neoliberal, transformada em pensamento único na mídia burguesa.

Elevar a consciência da classe trabalhadora e disputar mentes e corações no seio do povo brasileiro são tarefas indeclináveis do sindicalismo classista na longa e complexa luta política contra a opressão social e nacional e por um novo projeto de desenvolvimento fundado na soberania, na democracia e na valorização do trabalho.

Em meio a tantas adversidades podemos afirmar que, diante da crise e do desgoverno promovido por Bolsonaro, o balanço do ano foi positivo e as ações realizadas em 2020, orientadas pelas concepções sindicais classistas, preparam o terreno para ampliar a luta contra o retrocesso neoliberal no Ano Novo que se aproxima e por dias melhores para a classe trabalhadora e o povo brasileiro.

Finanças

O fim da Contribuição Sindical significou para a CTB e outras centrais uma queda superior a 90% da receita. As restrições financeiras decorrentes da reforma trabalhista de Temer foram debatidas na última reunião do Conselho Político da Central, que definiu a seguinte orientação sobre o tema:

Planejar formas alternativas de aumento de receitas, com parcerias, convênios e outros serviços que se relacionam com as necessidades e interesses dos trabalhadores

Estudar a possibilidade de desenvolver a gestão de novos empreendimentos geradores de receitas para os sindicatos, em atividades compatíveis com a missão sindical, recorrendo a práticas profissionais para evitar perda de energia e tempo nesta tarefa

Buscar um equilíbrio financeiro que não prejudique a atividade fim do sindicato, que é a defesa dos interesses e direitos dos trabalhadores e trabalhadoras

Combater a inadimplência e assegurar a contribuição regular das entidades filiadas, principalmente através do pagamento através de débito autorizado

Ampliar a filiação de novas entidades à CTB. As CTBs estaduais devem procurar aumentar as contribuições com débito autorizado, com a garantia de retorno de 50% dos valores arrecadados aos estados.

Centrais Sindicais defendem prorrogação do auxílio emergêncial em 2021


A crise sanitária do novo coronavírus parou a economia em todo o mundo com graves consequências, em especial para os mais vulneráveis. O desemprego, o desalento e a inatividade forçada pelo isolamento atingiram recordes. 

As mais de 180 mil mortes (em dezembro de 2020), grande parte evitável se houvesse coordenação de políticas de proteção à saúde e à vida (oposto do que fez o governo Bolsonaro), fazem parte de uma trágica estatística.

O aumento de infectados e as mais de mil mortes diárias que assistimos hoje revelam que a crise sanitária está longe de ser superada.

Por isso, é fundamental que o país tenha um plano nacional e coordenado de vacinação, promova as medidas de proteção (uso de máscara, álcool gel e distanciamento social) e mantenha o plano de proteção econômica até o controle da pandemia.

É essencial manter uma estratégia de condução da retomada articulada da atividade econômica e de proteção social dos mais vulneráveis.

O Auxílio Emergencial, proposto e defendido pelas Centrais Sindicais, movimento sociais e partidos políticos, que se mostrou essencial para a proteção de mais de 65 milhões de pessoas no Brasil e para que a recessão seja amenizada, uma vez que garante o consumo de milhões de famílias, deve continuar.

Mais do que isso, defendemos que Auxílio Emergencial, que o Governo Federal reduziu pela metade, deva ser atualizado e continuar com seu valor integral de R$ 600,00 mensais. Deve manter-se em vigor a partir de janeiro de 2021, protegendo todos aqueles que não tiverem condições de retomar aos empregos ou suas atividades laborais.

Esse assunto continua em pauta no Congresso Nacional e, assim como em março, cabe ao Legislativo tomar a iniciativa de proteger a sociedade prorrogando o pagamento do Auxílio Emergencial, diante da recorrente ausência criminosa do governo federal em todos os assuntos relacionados à crise sanitária e seus efeitos sociais e econômicos.

São Paulo, 18 de dezembro de 2020.

Sérgio Nobre, presidente da CUT

Miguel Torres, presidente da Força Sindical

Ricardo Patah, presidente da UGT

Adilson Araújo, presidente da CTB

José Calixto Ramos, presidente da NCST

Antônio Neto, presidente da CSB

Corrupção é a marca do governo e Bolsonaro quer tapar o sol com peneira


O senhor Jair Bolsonaro foi eleito enganando os eleitores com uma campanha massiva de Fake News. Entre as muitas mentiras e falsas promessas que semeou destaca-se à do combate à corrupção e ao que chamou de “velha política”.

O “Mito” da extrema direita surfou na mesma vassoura do polêmico Jânio Quadros, que ao renunciar à Presidência da República em 1961 abriu caminho para o golpe militar de 1964. Há poucos dias ele disse com a cara limpa que não existe corrupção no seu santo governo. É óbvio que está mentindo.

As máscaras de Jair Bolsonaro já tinham caído no abismo das relações obscuras do seu Clã com a milícia carioca e do cheque de R$ 89 mil depositado na conta de sua mulher pelo ex-assessor Fabrício Queiroz, hoje curtindo uma prisão domiciliar com a mulher. A nação ainda espera uma explicação da senhora Micheque Bolsonaro.

Acrescente-se as mil e uma falcatruas dos filhos, com destaque para o senador Flavio Bolsonaro, que acumulou uma apreciável fortuna extorquindo funcionários do Legislativo através do esquema apelidado de “rachacinha”. Ah, ele também é amigo íntimo de perigosos milicianos.

Já aquele seu ministro contra o meio ambiente, Ricardo Salles, está sendo investigado pela Justiça por tráfico de influência e apropriação indébita. Pesam sobre ele denúncias e indícios pesadíssimos.

“União estável”

Agora explodiu o escândalo do dinheiro sujo mal acomodado na bunda do seu amigo e vice-líder no Senado, Chico Rodrigues (DEM-RR), que carrega uma capivara comprometedora. Bolsonaro sentiu o golpe e continua saindo pela lateral, ou seja, mentindo.

Diz que não é corrupção no governo, mas abundam os vídeos e postagens em que faz juras de amor ao parlamentar do DEM, que por sinal empregou um parente do presidente no bem remunerado cargo de assessor no Congresso, com salário superior a R$ 20 mil.

Antes do escândalo da cueca, o líder da extrema direita chegou a dizer que a relação entre ele e Chico Rodriguez estava perto de configurar “uma união estável”. Agora, meio no desespero, o “Mito” ilusionista quer dar uma de João-sem-braço. Aposta alto na ignorância e na boa fé do seu eleitorado.

Mas fatos são fatos. E é fato que, ao pedir socorro a Roberto Jefferson e ao chamado Centrão para evitar um impeachment, o político neofascista aliou-se ao que há de mais velho, venal e corrupto no cenário político brasileiro. Será que ele vai conseguir tapar o sol com a peneira?

Desemprego em alta e mudanças no mercado de trabalho são os desafios para o movimento sindical em 2021


Por Anderson Pereira


“O desafio do movimento sindical é enorme para o próximo ano. Além do desemprego em alta, estamos passando por uma acelerada transformação no mercado de trabalho. Basta citar a desintustrialização da economia e a indústria 4.0”.

A avaliação é do coordenador técnico do DIEESE, Fernando Duarte, que participou da live “O sindicalismo necessário para a atualidade”. O evento foi realizado quinta-feira (08) pela Secretaria de Formação da CTB-MG e contou também com a participação do dirigente da CTB, Nivaldo Santana.

Na opinião de Duarte, a redução do número de trabalhadores nos locais de trabalho (escritório em casa) e o aumento da alienação desses trabalhadores estão entre os principais desafios.

“O sujeito que trabalha no UBER, por exemplo, não se reconhece como trabalhador e acredita que é um empresário, quando, na verdade, é um superexplorado”, afirmou ele.

O coordenador técnico do DIEESE lembrou ainda que, antes da Covid-19, o desemprego alcançava 12,2% da população e hoje atinge 13,8%. “Esse número pode ser maior, pois existem muitas pessoas que desistiram de procurar emprego”, lembra ele.

No próximo ano, o especialista acredita que o desemprego pode alcançar 18,1% da população, na medida em que o governo suspender o auxílio emergencial e o benefício concedido às empresas chegar ao fim.

Fernando Duarte afirmou, ainda, que nove milhões de pessoas no Brasil perderam o emprego desde o início da pandemia. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) revelam que, entre os meses de março e junho, o país registrou um saldo negativo de 1,5 milhão de postos de trabalho.

“Esses números são impactantes”, lamenta o coordenador técnico do DIEESE, ao afirmar que, nos últimos meses, houve uma pequena melhora nesse quadro.

Clique aqui e assista a live na íntegra

As lives da Secretaria de Formação da CTB Minas, coordenada pelo Jota, são realizadas quinzenalmente. A live dessa quinta foi mediada por Celina Arêas (coordenadora da Secretaria da Mulher) e contou com o apoio do secretário-geral da CTB-MG, Gelson Alves da Silva e a diretora da SAAEMG, Rogerlan Augusta de Morais.

Nivaldo Santana: “O movimento sindical precisa participar das eleições”

Nivaldo Santana: "Precisamos disputar a luta política para frear os ataques que estamos sofrendo nos últimos anos.".

Por Anderson Pereira


O dirigente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nivaldo Santana, afirmou, nessa quinta-feira (08), que o movimento sindical precisa eleger o maior número possível de candidatos sindicalistas nas eleições deste ano. A afirmação foi durante uma live realizada pela Secretaria de Formação da CTB-MG que abordou o tema “O sindicalismo necessário para a atualidade”.

“Precisamos disputar a luta política para frear os ataques que estamos sofrendo nos últimos anos, desde a Reforma Trabalhista, passando pela Reforma da Previdência e agora com a Reforma Administrativa”, disse ele.

Durante a live, que também teve a participação do coordenador técnico do DIEESE, Fernando Duarte, Santana fez uma análise histórica do capitalismo no Brasil e no mundo. Hoje, segundo Santana, o país vive uma segunda década perdida na área econômica, assim como aconteceu na década de 1980.

“A pandemia piorou esse cenário que já vinha ruim desde 2014. O Brasil vive uma ‘tempestade perfeita’, isto é, desemprego, pandemia e muitas empresas falidas”, disse ele.

Para Santana, a situação só não é pior devido ao auxílio emergencial concedido pelo governo Federal. Porém, o dirigente sindical mostrou-se preocupado sobre como será após o fim do benefício. Segundo Santana, atualmente 67 milhões de pessoas recebem o auxílio.

Nivaldo Santana falou também sobre o aumento do número de trabalhadores subempregados. Segundo ele, só no Brasil, cerca de 400 mil pessoas prestam serviços para o aplicativo UBER e não têm qualquer direito trabalhista.

No campo político, Santana explicou que o governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro segue com a sua agenda de privatizações e retirada dos direitos trabalhistas. Segundo ele, a reforma administrativa é mais um passo nessa direção, pois prevê a demissão de profissionais concursados e a contratação de apadrinhados políticos.

Nivaldo Santana falou ainda sobre a importância das ferramentas tecnológicas para enfrentar essa conjuntura adversa. Segundo ele, os sindicatos precisam investir na comunicação virtual, mas sem esquecer de visitar as suas bases.

Clique aqui e assista a live completa

As lives da Secretaria de Formação da CTB Minas, coordenada pelo Jota, são realizadas quinzenalmente. A live da Quinta () foi mediada por Celina Arêas (coordenadora da Secretaria da Mulher) e contou com o apoio do secretário-geral da CTB-MG, Gelson Alves da Silva e a diretora da SAAEMG, Rogerlan Augusta de Morais.

Foto: CTB

Inflação segue trajetória de alta, preços de alimentos também sobem e população perde trabalho e renda


Por Vitor Nuzzi


São Paulo – A inflação oficial no Brasil mantém trajetória de alta, com influência direta dos preços dos alimentos. Nesta sexta-feira (9), o IBGE informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,64% no mês passado. É a maior taxa do ano e o maior resultado para setembro desde 2003. Já o INPC (confira no final) é o maior desde 1995. Agora, o IPCA soma 1,34% em 2020. No acumulado em 12 meses, volta ao patamar dos 3%, atingindo 3,14%.

Todas as regiões pesquisadas tiveram alta. Em cinco, o índice mensal ficou acima de 1%. A inflação em elevação coincide com um momento em que grande parte da população está sem trabalho ou na dependência do auxílio emergencial. Que o governo cortou pela metade, enquanto oposição e centrais tentam manter o valor integral, de R$ 600. A tendência de aumento dos alimentos já havia sido detectada em outros levantamentos, como o da cesta básica.
Alta já supera 2019

Segundo o IBGE, a maior variação em setembro foi do grupo Alimentação e Bebidas, 2,28%, bem acima de agosto (0,78%). Apenas esse grupo representou impacto de 0,46 ponto percentual no índice do mês. A alta em 2020 já é de 7,30%, acima de todo o ano de 2019 (6,37%).

Óleo de soja (aumento de 27,54%) e arroz (17,98%), juntos, somaram 0,16 ponto no IPCA mensal. Esses dois produtos acumulam alta no ano de 51,30% e 40,69%, respectivamente.

Outros preços de alimentos importantes também subiram. Casos do tomate (11,72%), do leite longa vida (6,01%) e das carnes (4,53%). Entre as quedas, o IBGE cita cebola (-11,80%), batata inglesa (-6,30%), alho (-4,54%) e frutas (-1,59%).
Comer fora também fica mais caro

Os alimentos para consumo no domicílio tiveram aumento de 2,89% em setembro. Já a alimentação fora, que havia caído 0,11% no mês anterior, agora subiu 0,82%, com alta tanto do lanche (1,12%) como da refeição (0,66%).

Artigos de Residência foi o grupo com a segunda maior variação: 1%. O item TV, som e informática subiu 1,99%, enquanto mobiliário aumentou 1,10%. Mesmo assim, esse segundo item acumula queda de 8,73% no ano.

Em Transportes (0,70%), o IBGE apurou a quarta alta seguida, embora com menos intensidade. O preço médio da gasolina, que havia subido 3,22% em agosto, aumentou 1,95%. E contribuiu com 0,09 ponto para o resultado geral. O óleo diesel subiu 2,47% e o etanol, 2,21%, enquanto o gás veicular caiu 3,16%. As passagens aéreas tiveram alta de 6,39%.
Gás de botijão: aumento

No grupo Habitação, que teve aumento de 0,37%, destaque para o gás de botijão, que subiu 1,61%. O gás encanado caiu 0,85%, enquanto a taxa de água e esgoto teve alta de 0,56%. A energia elétrica teve variação de 0,07%.

O grupo Vestuário também subiu 0,37%, com aumento de 0,56% em calçados e acessórios e de 0,58% em roupas masculinas. As femininas caíram 0,11%. Joias e bijuterias seguem em elevação, embora menor do que em agosto, de 2,32% para 1,22%.

Com queda de 0,64%, Saúde e Cuidados Pessoais teve impacto de -0,09 ponto no índice mensal. Isso ocorreu pela redução de 2,31% no plano de saúde (-0,10 ponto), item cujos reajustes foram suspensos até o fim do ano.
Altas em todo o país

Entre as 16 regiões pesquisadas, todas com alta, o menor índice foi apurado na região metropolitana de Salvador (0,23%) e o maior, no município de Campo Grande (1,26%). Outras quatro áreas registraram inflação de 1% ou mais em setembro: São Luís (1%), Goiânia (1,03%), Rio Branco (1,19%) e Fortaleza (1,22%). Na Grande São Paulo, a taxa foi de 0,44%.

Em 12 meses, o IPCA vai de 2,47% (região metropolitana de Curitiba) a 5,78% (Campo Grande). Em São Paulo, 3,12%.
Maior INPC desde 1995

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 0,87%, maior resultado para setembro desde 1995. No ano, acumula alta de 2,04%. Em 12 meses, avança para 3,89%.

Segundo apurou o IBGE, os preços de alimentos subiram em média 2,63%, ante 0,80% em agosto. Já os não alimentícios passaram de 0,23% para 0,35%.

Fonte: Rede Brasil Atual

Nota das Centrais: Toda pressão sobre os deputados pelos 600 reais


Com o compromisso de defender a totalidade dos trabalhadores brasileiros, a CUT, Força, UGT, CTB, CSB, NCST, CGTB, CSP-Conlutas, Intersindical, Intersindical Instrumento de Luta e Pública convocam todos os seus entes e sindicatos a fazer um mutirão de pressão sobre os deputados e deputadas que ocupam as lideranças partidárias na Câmara para que votem e aprovem o auxílio emergencial de R$ 600,00.

O orientação é massificar a divulgação da ferramenta NaPressão http://bit.ly/600PeloBrasil e do Abaixo-assinado https://bit.ly/3cP7SPY, por meio de banner nos sites e compartilhar nas redes e listas de transmissão e grupos de whatsapp. Na impossibilidade de banner, usar esse texto como base para uma matéria, que fale da importância de apoiar, aderir, divulgar e compartilhar as ações nos veículos de comunicação dos sindicatos (sites, jornais), redes, e aplicativos de mensagens, destacando os links do NaPressão e do abaixo-assinado.

Tenho carteira assinada, não preciso do auxílio emergencial

Não é bem assim. Entenda.

Hoje, 65 milhões de brasileiros e brasileiras dependem exclusivamente do auxílio emergencial para sobreviver, em consequência dos efeitos da pandemia, da crise econômica e do desgoverno Bolsonaro. Isso significa que 30 em cada 100 cidadãos, boa parte crianças, não teriam como comer sem esse dinheiro.

O auxílio impacta diretamente na economia de forma positiva, porque atende trabalhadores informais, alimenta o consumo, a atividade nas empresas e protege milhões de empregos. Faz a roda da economia girar e, desde abril, impede que o Brasil mergulhe em uma crise econômica ainda maior, o que afetaria também os empregos trabalhadores(as) formalizados.

Os R$ 600,00 tiveram impacto positivo na massa de rendimentos das famílias que, transformada em consumo, foi capaz de sustentar mais de 2% do PIB brasileiro em 2020. Ajudou as receitas fiscais de municípios, Estados e da União e Previdência Social.

Além disso, as centrais sindicais têm a decisão de defender todos os trabalhadores, sejam eles informais, desempregados, formalizados. Foi o movimento sindical, com os partidos de oposição, que conseguiram transformar o auxílio em um grande programa emergencial de distribuição de renda.

A mobilização, ação e pressão das centrais sindicais junto ao Congresso Nacional foi decisiva para garantir os R$ 600 na primeira fase do programa, porque o governo federal queria pagar apenas R$ 200. O auxílio foi prorrogado até dezembro de 2020 por meio da Medida Provisória 1.000, mas o governo reduziu as parcelas para R$ 300,00.
A MP tem e ser votada e aprovada pela Câmara dos Deputado, porque caduca em dezembro, o que interessa ao governo. A medida recebeu 262 emendas, boa parte propõe elevar o valor, daí a importância de pressionar pela sua votação imediata.

Por tudo isso, pressionar pela manutenção do valor de R$ 600,00, no bojo da votação da MP. É luta prioritária de toda a classe trabalhadora, que, direta ou indiretamente, será prejudicada se o valor permanecer em R$ 300,00.

NaPressão http://bit.ly/600PeloBrasil
Abaixo-assinado https://bit.ly/3cP7SPY

Sérgio Nobre
Presidente da CUT

Miguel Torres
Presidente da Força Sindical

Adilson Araújo

Presidente da CTB

José Calixto Ramos

Presidente da NCST

Alvaro Egea

Secretário Geral da CSB

Ricardo Patah

Presidente da UGT

Ubiraci Dantas Oliveira

Presidente da CGTB

Joaninha de Oliveira

Secretaria Executiva Nacional da CSP – Conlutas

Nilza Pereira de Almeida

Secretaria de Finanças – Intersindical – Central da Classe Trabalhadora

Emanuel Melato

Coordenação da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora

José Gozze

Presidente – Pública Central do Servidor

São Paulo, 1º de outubro de 2020

SINPROESEMMA denuncia desmonte do Estado brasileiro caso PEC 32/2020 seja aprovada


O Sinproesemma participou na manhã desta quarta-feira,30, de ato público em frente ao Ministério da Economia, em São Luís, em defesa do serviço público e contra a (de)reforma administrativa de Jair Bolsonaro e o “chicago boy ” Paulo Guedes.

Organizado pelas Centrais Sindicais e com o apoio de vários sindicatos, o ato público chamou a atenção para o desmonte do serviço público e a carreira dos servidores. A proposta de (de)reforma prevê o fim da estabilidade dos servidores que passariam a ser indicados por políticos, autoriza a extinção de órgãos, privatizações, desmonte e precarização do serviço público.


“Novamente o governo de Bolsonaro ataca a classe trabalhadora do país. Esse governo não tem um projeto econômico e o ministro da Economia, Paulo Guedes e sua equipe, estão propondo destruir o Estado, retirar direitos e sacrificar ainda mais os mais pobres”, disse Joel Nascimento, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, CTB-MA.

Segundo o presidente do Sinproesemma, Raimundo Oliveira, é preciso engajamento de toda a sociedade organizada para que mais esse retrocesso contra os trabalhadores seja evitado.

“Estamos nas ruas para denunciar mais essa malvadeza que o governo de Bolsonaro está fazendo com os servidores públicos. Temos o dever de denunciar e combater essa (De)reforma que é mais um engodo do Governo Federal, como foi a reforma trabalhista, a reforma da previdência e a Lei das Terceirizações que, na prática, só serviu para retirar direitos de trabalhadores. E para essa reforma administrativa a equipe do Bozo ainda propõem desviar recursos de setores como educação saúde e segurança”, ponderou Oliveira.


Fonte: ASCOM - SINPROESEMMA

Entregando comida, passando fome: a realidade dos entregadores de apps

Os entregadores de aplicativos organizaram uma paralisação nacional

Por Grazielle David

“É tortura passar fome carregando comida nas costas”. Galo, um dos líderes do movimento, é quem diz essa frase em um vídeo-desabafo impactante, após ter sido punido por cancelar um pedido porque o pneu da sua moto furou.

Sem vínculo empregatício, sem direitos trabalhistas, sem remuneração adequada e também sem adequada proteção social vinda do Estado, grande parte da população vive condições precárias de trabalho, entradas e saídas frequentes da condição de pobreza; além de sofrer com a ampliação das desigualdades e a redução de direitos.

A pandemia de Covid-19 chegou para escancarar os efeitos desse novo modelo econômico e trabalhista, de uma “economia gig” desregulada e de um Estado cada vez mais ausente em seu dever de garantir de direitos. É nesse cenário que se estrutura a greve nacional de entregadores por aplicativos em todo o Brasil, o #brequedosapps.

Economia GIG

Os serviços baseados em aplicativos fazem parte de uma nova estrutura de trabalho categorizada como “economia gig”. Se pensarmos que o mercado de trabalho é um espectro, de um lado estão os servidores públicos e os empregos corporativos tradicionais, com CLT; e no outro extremo, os desempregados. No meio, a grande variedade de trabalhos alternativos, agora chamados de “economia gig”. Pode incluir trabalhadores contratados, parciais, independentes e autônomos (Mulcahy, 2018).

A economia gig ainda está em seus primeiros estágios de mudança na forma como o trabalho e o capitalismo são organizados. Apenas uma geração atrás, a maioria dos trabalhadores esperava ser contratada para empregos em tempo integral e permanecer muitos anos trabalhando para a mesma organização. Para a nova geração, as perspectivas são diferentes. À frente deles, não há mais muitos cargos estáveis, eles podem esperar ficar pouco tempo em cada trabalho e provavelmente terão remuneração menor (Gould, 2014).

Uma das maiores características da economia gig no momento são os serviços baseados em aplicativos. Os mais tradicionais são os aplicativos de transporte, como Uber e Cabify, e os aplicativos de entrega de comida como Ifood, UberEats, Rappi.

Um estudo da McKinsey (2016) mostra que a entrega de alimentos por meio de aplicativos on-line atingiu em 2016 globalmente 30% do mercado total de entrega de alimentos. E eles acreditam que seguirá aplicando, chegando eventualmente a 65% ao ano. No Brasil, passou de 10% para 30% nesses meses de pandemia.

O surgimento da economia gig baseada em plataforma está situado em debates mais amplos sobre o futuro do trabalho (Healy et al., 2017). Há visões polarizadas sobre as implicações dessas novas formas de organização do trabalho para os trabalhadores e para a sociedade.

Alguns (por exemplo, Mulcahy, 2017) defendem que existe um potencial do trabalho gig de melhorar a flexibilidade do mercado de trabalho e reduzir a pobreza, enquanto os críticos (por exemplo, Stewart e Stanford, 2017) argumentam que isso irá corroer a segurança de renda, as condições de trabalho e os direitos trabalhistas. E que poderia aumentar a desigualdade, além de guiar para um cenário de polarização de renda.

Regulação

Para que as demandas dos entregadores sejam atendidas, uma primeira medida essencial é que exista transparência por parte dos aplicativos. Os dados sobre perfil de entregadores, horas trabalhadas, remunerações e benefícios devem ser públicos. Igualmente devem ser transparentes os dados financeiros dessas empresas, com destaque ao lucro auferido e aos beneficiários finais. A partir disso, serão possíveis a realização de estudos e o desenho de políticas públicas que promovam um ambiente de negócio e trabalho mais adequados.

As demandas são: aumento do valor das corridas, aumento do valor mínimo por entrega, o fim dos bloqueios e desligamentos indevidos, seguro de vida e de roubo, o fim do sistema de pontuação e auxílio pandemia – com entrega de EPIs e licença remunerada para os que se contaminam.

Compensa conhecer iniciativas em outros países que têm buscado uma regulação dos aplicativos de entrega. Nova Iorque tem trabalhado com valor mínimo por hora adequadamente calculado considerando manutenção do meio de transporte e tempo disponível ao aplicativo ainda que não em rota (Parrot, 2018). Demandas de valor por corrida, seguro roubo e regras de bloqueio e desligamento do aplicativo também podem ser construídas entre aplicativo e entregadores, com regulações mínimas para que os direitos dos trabalhadores sejam resguardados.

Proteção social

Outras demandas do #brequedosapps como seguro de vida e licença por doença poderiam ser consideradas de forma mais ampla, dentro da lógica de seguridade social. Ainda que não ocorra vínculo via CLT entre aplicativos e entregadores, seria ideal que todos fossem beneficiários do INSS, para ter acesso também a outras garantias trabalhistas, como direito a férias, aposentadoria, licença-maternidade.

Cabe lembrar também que o avanço tecnológico tende a se ampliar nesse setor e é possível que entregadores em um futuro não muito distante venha a ser substituídos por drones ou outros veículos automáticos. Antecipando esse fenômeno, é essencial que o Estado cumpra seu dever de garantir direitos humanos e reduzir desigualdades e amplie sua rede de proteção social.

O que deve ser feito com financiamento adequado, acesso e qualidade nos serviços públicos, como o SUS, as escolas universidades públicas, os transportes públicos. Além da estruturação de uma renda básica universal, que garanta uma renda de cidadania frente a esses tempos de tantas transições e incertezas.

Fonte: Brasil Debate

SINPROESEMMA foi contra antecipação de férias para Abril e garantiu gozo do direito agora em Julho



Ainda no mês de Março deste ano o SINPROESEMMA foi contra antecipação de férias nas redes de educação. 

Por conta da pandemia da Covid-19 as aulas presenciais na rede estadual de ensino foram suspensas com o intuito de evitar a proliferação do contágio do novo coronavírus. 

À época o Sindicato chegou a publicar uma Nota se colocando contra qualquer decisão nesse sentido pois estava ainda no início da pandemia e não se esperava que a situação fosse demorar como está demorando.

Para o SINPROESEMMA era simples: a garantia de um direito adquirido mesmo considerando a pandemia. 

Ali, o Sinproesemma já iniciava o diálogo visando a não antecipação das férias na rede estadual.

Deu certo. 

Agora, no mês de julho, os trabalhadores e trabalhadoras em educação da rede pública estadual de ensino do Maranhão irão gozar o período de descanso por 30 dias, como defendeu e garantiu o Sinproesemma nos debates com a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e entidades ligadas à educação.

“Estamos fazendo o diálogo com a Seduc na busca do atendimento das nossas pautas de reivindicação e o debate da manutenção das férias entrou na pauta de discussão por conta da pandemia da Covid-19. Buscamos o debate no intuito de garantir as férias no mês de julho, de acordo com o nosso estatuto e obtivemos mais essa vitória para a nossa categoria”, pontuou Raimundo Oliveira, presidente do Sinproesemma.

Fonte: Blog do Marden Ramalho

Editorial do Portal Vermelho: "Defesa da vida e da democracia exige um Brasil sem Bolsonaro"

O Brasil ultrapassou a marca trágica de 60 mil mortes pela Covid-19. A ampla maioria dos infectados e das vítimas fatais é a parcela mais pobre da classe trabalhadora. E o principal responsável por essa tragédia se chama Jair Bolsonaro.

Nesta hora de consternação nacional, o presidente sequer expressa pesar. Ocupa-se integralmente em tentar livrar seus filhos e a si mesmo de uma réstia de acusações de corrupção, crimes cibernéticos e ataques ao Estado Democrático de Direito.

Milhares de mortes poderiam ter sido evitadas, caso o país não tivesse um irresponsável, um desqualificado, ocupando a Presidência da República, com práticas típicas de um genocida. Bolsonaro age completamente alheio a essa tragédia de imenso sofrimento, fazendo do posto que ocupa arma para os seus projetos pessoais, movido pela ideologia da extrema direita, totalmente contrária às verdadeiras necessidades do povo.

Bolsonaro também é o responsável pela inércia do Estado diante do agravamento da crise econômica, que com a pandemia ganhou dimensão catastrófica. A destruição de postos de trabalho, decorrente da quebradeira de empresas, tem como saldo enormes sacrifícios impostos aos trabalhadores.

O Brasil teria condições de enfrentar a pandemia de modo a impedir que ela ganhasse a proporção a que chegou. Para um país que ostenta a posição de estar entre as dez maiores economias do mundo, é inaceitável que diante da tragédia anunciada nada de concreto fosse feito no sentido de dotar a estrutura do Estado com recursos e diretrizes voltadas para as prioridades que a situação exige.

Como um genocida, Bolsonaro se dirigiu à nação orientando que todos se expusessem à contaminação, fazendo alegorias irresponsáveis – como no caso da “gripezinha” para definir o que seria a pandemia – e dando de ombros quando a curva ascendente de mortes ganhou proporção alarmante ao dizer que não fazia “milagres” e que nada podia impedir a propagação do vírus, além de estimular o desrespeito ao isolamento social quando mandou os que não têm renda buscar “o pão de cada dia”.

Mais ainda: cruzou os braços diante do agravamento da crise econômica decorrente da política criminosa do ministro da Economia, Paulo Guedes, e não moveu uma palha contra suas intenções de impedir qualquer ação emergencial para enfrentar as consequências da pandemia. Com essa conivência, muitos foram obrigados a se arriscar na busca do “pão de cada dia” e outros se veem diante de uma assombrosa perspectiva de fome e de desesperança.

São inaceitáveis as manobras para protelar o pagamento do auxílio emergencial aos mais pobres (que agora só o prorroga por mais dois meses, quando a necessidade exige que seja até dezembro) e o apoio aos estados e municípios, aprovados pelo Congresso Nacional – além do socorro às empresas micro, pequenas e médias.

Contrário a quase todos os países do mundo, o governo mantém a política deliberada de não abrir as portas do Estado para quem não é da ciranda financeira. O resultado são os números que mostram, cotidianamente, a trágica quantidade de mortos e de atingidos pela propagação desenfreada do vírus.

Essa cifra de mais de 60 mil vidas ceifadas representa dor e luto para milhares de famílias, numa dimensão incalculável. Algo que não pode ser mensurado. Lágrimas de um sofrimento sem tamanho. E que, se depender de Bolsonaro, continuarão. Os brasileiros e as brasileiras conscientes da gravidade da situação, as instituições da República e as entidades representativas da sociedade devem se levantar com indignação para pôr ponto final nesse governo.

O Congresso Nacional pode ser o desaguadouro dessa exigência nacional, adotando medidas necessárias para conter o avanço desenfreado de mortes. Muitas vidas ainda podem ser salvas. Bolsonaro já revelou que não tem condições de governar; cometeu crimes em relação à pandemia e contra a democracia. A realidade do país exige a consolidação da frente ampla de salvação nacional, de luta por um Brasil sem Bolsonaro na Presidência da República.

Mas, enquanto o país seguir sob esse pesadelo que se chama Bolsonaro, a frente ampla, em conjugação de esforços com as instituições da República, precisa, levando em conta o estágio da pandemia no país, adotar estratégias, medidas, que contenham a escalada de mortes e protejam o emprego, a renda e as pequenas empresas.

Diretoria do SINPROESEMMA debate em vídeo conferência cenário da educação e dos trabalhadores em tempos de pandemia e pós pandemia


A diretoria do Sinproesemma reuniu-se, de forma remota, para deliberar sobre o atual cenário da educação brasileira e do estado nesse momento difícil que se atravessa.

Entre os pontos de pauta a conjuntura mundial, brasileira e estadual em meio ao novo coronavírus, a retomada das aulas na rede estadual e municipais de ensino e o funcionamento do Sinproesemma na sede, coordenações regionais e núcleos sindicais, entre outros assuntos.

A reunião teve início com o presidente do Sinproesemma, Raimundo Oliveira, fazendo um balanço da atual conjuntura política e educacional no mundo, no Brasil e no Maranhão em tempo de pandemia, com intervenção dos demais membros da direção.

Como ponto de pauta, foi discutida a retomada das aulas presenciais na Rede Estadual e Municipais de ensino, onde o Sinproesemma já vem fomentando o debate com a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), Ministério Público Estadual (MPE), Conselho Estadual de Educação (CEE) e outras entidades ligadas à educação, assim como entidades representativas dos alunos. É consenso entre a diretoria que as aulas só deverão ser reiniciadas, a partir de protocolos confiáveis e com garantia de segurança para toda comunidade escolar, seguindo à risca o que está sendo estabelecido no decreto governamental.

“Estamos fazendo o debate desde março, assim que as aulas foram suspensas, para tentarmos minimizar os impactos dessa pandemia na educação, adotando os protocolos seguros para a retomada das atividades escolares, discutindo com as diversas entidades ligadas a educação, órgão de controle e categoria, pois de fato, as aulas terão que ser retomadas, mas o Sinproesemma defende, veementemente, em primeiro lugar a preservação da vida das pessoas, com protocolos efetivos e confiáveis de segurança e com a anuência das autoridades em saúde e medidas sanitárias rigorosas. Não vamos aceitar que a retomada seja feita de qualquer jeito e sem planejamento. Não podemos correr o risco de perdermos mais vidas”, disse Raimundo Oliveira.

Outro ponto discutido, foi a retomada do atendimento presencial na sede administrativa do Sinproesemma, Casa do Educador, Sede Social, além das coordenações regionais e núcleos sindicais que estão suspensos devido à pandemia da Covid-19. A previsão inicial do retorno do funcionamento do sindicato será no mês de agosto, obedecendo todos os protocolos necessários para garantir a segurança dos filiados, diretores e funcionários.

Será instalado o sistema de rodízio entre os funcionários com atendimento ao público com hora marcada, sanitização dos espaços físicos do Sinproesemma, com disponibilização de dispenses para a higienização com álcool em gel e lavagem das mãos com água e sabão. Para tirar dúvidas e prestar esclarecimentos sobre processos aos associados, será implantado o plantão jurídico.

Foi discutido também a importância da participação da classe trabalhadora, de educadores e dirigentes sindicais nas eleições municipais de 2020.

Para Raimundo Oliveira, a discussão sobre eleições municipais tem que ser levada a sério, amadurecida e apoiada pelo Sinproesemma.

“Precisamos incentivar a participação da classe trabalhadora no processo eleitoral. É fundamental que o Sinproesemma faça parte dessa discussão trazendo para o debate as políticas públicas que favoreçam os trabalhadores e a educação. Por isso é importante que os trabalhadores em educação abracem esse desafio e tenham o apoio, principalmente, dos educadores. Assim teremos pessoas comprometidas com as causas da educação nas câmaras legislativas e executivos municipais”, finalizou Oliveira.

Fonte: SCOM - SINPROESEMMA

Trabalhadoras do mundo revelam em e-book as faces do isolamento social

Obra coletiva, o livro “Expandir o presente, criar o futuro” foi pensado por 16 trabalhadoras de diversas nacionalidades, com diferentes culturas e profissões, para refletir o isolamento social – tão necessário-, defender o seu espaço como mulher e respeitar a vida no planeta.

Para tanto, cada autora escolheu entre março e maio, dias que refletiam seu cotidiano em tempos de pandemia de coronavírus. Surpresa, frustração, insegurança, revolta, descoberta, carinho e busca. O encadeamento entre essas expressões ficou a cabo das professoras Fabíola Notari e Mirlene Simões, e da artista visual Priscila Bellotti.

“A ideia da obra era dar voz ao que estava represado e que foi mais agravado em tempos de pandemia. No caso brasileiro, especificamente, pela ausência de políticas públicas e de direitos, baixos salários, sobrecarga e stress”, explica Mirlene Simões. Na  avaliação da doutora em sociologia, “o encontro de mulheres jovens, indígenas, afrodescendentes e de outros países nos permitiu pensar coletivamente e avançar contra a opressão”.

O questionamento aos padrões estabelecidos pela grande mídia sobre a temática feminina também está presente no ebook, acredita, “porque mesmo que tenhamos tido avanços no último período em relação à divulgação e à denúncia de temas como a violência contra as mulheres, a abordagem ainda deixa cada uma por si”.

“A questão é que problemas como o machismo estrutural, o feminicídio, a violência e principalmente o aumento de trabalho em casa não são individuais e se aprofundaram com Bolsonaro, necessitando ser enfrentados. Em relação às mulheres dos outros países não sentimos este nível de tensão, elas se manifestam de outras formas”, acrescentou.

Reunindo textos, desenhos, fotografias, filmagens, costuras, remendos, fissuras e bordados, o livro reflete, entre outras vozes, professoras de escolas e universidades, uma poetisa cubana, uma escritora finalista do Jabuti, uma psicanalista, artistas e doutoras.

“A seu modo, cada uma de nós procurou elevar o tom e colorir de vida a crítica ao cinza de dificuldades e opressões de sociedades em que as mulheres ainda não são suficientemente valorizadas”, declarou a professora Monica Fonseca Severo. Na sua avaliação, “infelizmente no nosso país, isso ainda está escancarado nos grandes meios de comunicação, que retroalimentam uma visão extremamente machista, conservadora e alienante, que conduz a um apequenamento das mulheres”. “Acredito que a obra é um grito poético contra isso”, concluiu.

Na obra, Célia Maria Foster Silvestre, pós-doutora em Estudos sobre Democracia afirma que “no Brasil, o vírus repercute a ausência de humanidade presente na boca que escancara a necropolítica e ri das mortes anunciadas”.

ACOMPANHE

O sarau virtual e bate-papo de lançamento acontecerão no próximo dia 27 de junho, sábado, a partir das 15 horas, pelo aplicativo Zoom, https://zoom.us/j/96613874717, ID da reunião: 966 1387 4717

O e-book será vendido a preço popular, a partir do dia 27/06, pela Banca Vermelha https://www.abancavermelha.com/

Acompanhe em https://www.instagram.com/expandiropresente/ e https://www.facebook.com/expandiropresentecriarofuturo

https://drive.google.com/file/d/1eDX5NPZa1cJwvt7tnNWh0WttNABbT2t_/view

IBGE revela aumento do desemprego, do desalento e redução da massa salarial

Informações divulgadas nesta terça-feira (30) confirmam a crescente deterioração do mercado de trabalho brasileiro na crise.

Os trabalhadores e trabalhadoras considerados em desemprego aberto já são 12,7 milhões. A eles se soma a população desalentada (que desistiu de procurar emprego) de 5,4 milhões.

A força de trabalho subutilizada bateu novo recorde e agora compõe um exército de 30,4 milhões de pessoas, configurando um enorme desperdício de forças produtivas. A massa de rendimento do trabalho, que não inclui auxílios governamentais, caiu 5%.

Leia abaixo a íntegra do comunicado divulgado hoje pelo IBGE:

taxa de desocupação (12,9%) no trimestre móvel encerrado em maio de 2020 cresceu 1,2 ponto percentual em relação ao trimestre de dezembro de 2019 a fevereiro de 2020 (11,6%) e 0,6 ponto percentual em relação ao mesmo trimestre de 2019 (12,3%).

Indicador/PeríodoMar-Abr-Maio 2020Dez-Jan-Fev 2020Mar-Abr-Maio 2019
Taxa de desocupação12,9%11,6%12,3%
Taxa de subutilização27,5%23,5%25,0%
Rendimento real habitualR$2.460R$2.374R$2.344
Variação%3,6%

população desocupada (12,7 milhões de pessoas) teve aumento de 3,0% (368 mil pessoas a mais) frente ao trimestre móvel anterior (12,3 milhões de pessoas) e ficou estatisticamente estável frente a igual trimestre de 2019 (13,0 milhões de pessoas).

população ocupada (85,9 milhões) caiu 8,3% (7,8 milhões de pessoas a menos) em relação ao trimestre anterior e de 7,5% (7,0 milhões de pessoas a menos) em relação ao mesmo trimestre de 2019. Ambas as quedas foram recordes da série histórica.

nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) caiu para 49,5%, o menor da série histórica iniciada em 2012, com redução de 5,0 p.p. frente ao trimestre anterior (54,5%) e de 5,0 p.p. frente a igual trimestre de 2019 (54,5%).

taxa composta de subutilização (27,5%) foi recorde da série, com elevação de 4,0 p.p. em relação ao trimestre anterior (23,5%) e 2,5 p.p em relação a 2019 (25,0%).

população subutilizada (30,4 milhões de pessoas) foi recorde da série, crescendo 13,4%, (3,6 milhões de pessoas a mais), frente ao trimestre anterior (26,8 milhões) e 6,5% (1,8 milhão de pessoas a mais) frente a igual período de 2019 (28,5 milhões de pessoas).

população fora da força de trabalho (75,0 milhões de pessoas) apresentou um incremento de 9,0 milhões de pessoas (13,7%) quando comparada com o trimestre anterior e de 10,3 milhões de pessoas (15,9%) frente ao mesmo trimestre de 2019.

população desalentada (5,4 milhões) registrou mais um recorde na série, aumentando 15,3% frente ao trimestre anterior e (10,3%) frente a igual período de 2019.

percentual de desalentados em relação à população na força de trabalho ou desalentada (5,2%) também foi recorde, registrando alta de 1,0 p.p. em relação ao trimestre anterior (4,2%) e de 0,8 p.p. na comparação com o mesmo trimestre de 2019 (4,4%).

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) caiu para 31,1 milhões, menor nível da série, sendo 7,5% abaixo (-2,5 milhões de pessoas) do trimestre anterior e 6,4% abaixo (-2,1 milhões de pessoas a menos) do mesmo período de 2019.

O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (9,2 milhões de pessoas) apresentou uma redução de 2,4 milhão de pessoas (-20,8%) em relação ao trimestre anterior e 2,2 milhões de pessoas (-19,0%) em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

O número de trabalhadores por conta própria caiu para 22,4 milhões de pessoas, uma redução de 8,4% frente ao trimestre anterior e de 6,7% frente a igual período de 2019.

taxa de informalidade foi de 37,6% da população ocupada, ou 32,3 milhões de trabalhadores informais, o menor da série, iniciada em 2016. No trimestre anterior, a taxa havia sido 40,6% e no mesmo trimestre de 2019, 41,0%.

rendimento real habitual (R$ 2.460) subiu 3,6% frente ao trimestre anterior e 4,9% frente ao mesmo período de 2019. Já a massa de rendimento real habitual (R$ 206,6 bilhões de reais), recuou 5,0% em relação ao trimestre anterior e 2,8% em relação a 2019.

massa de rendimento inclui apenas rendimentos provenientes de trabalho, não incluindo, portanto, rendimentos de outras fontes, tais como: Aposentadoria, Aluguel, Bolsa Família, BPC, Auxílio Desemprego, Auxílio Emergencial etc. O Auxílio Emergencial pago para as pessoas por estarem afastadas do trabalho não está incluído no rendimento de trabalho da PNAD Contínua. Os rendimentos provenientes de outras fontes são captados na PNAD Contínua de forma a serem divulgados no consolidado do ano, não permitindo, portanto, a sua disponibilização na divulgação trimestral.

Taxa de desocupação – Brasil – 2012-2020 (%)

Nos grupamentos de atividades, em relação ao trimestre móvel anterior, houve aumento apenas no grupamento de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,6%).

Por outro lado, houve redução em nove grupamentos: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-4,5%), Indústria (-10,1%), Construção (-16,4%), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-11,1%), Transporte, armazenagem e correio (-8,4%), Alojamento e alimentação (-22,1%), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (-3,2%), Outros serviços (-13,3%) e Serviços domésticos (-18,7%).

Frente a igual trimestre de 2019, também só houve aumento no grupamento que envolve a Administração pública (3,6%). Já as quedas foram: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-6,8%); Indústria (-7,8%); Construção (-15,6%); Comércio e reparação de veículos (-9,4%); Transporte, armazenagem e correio (-6,8%); Alojamento e alimentação (-19,5%); Outros serviços (-11,4%) e Serviços domésticos (-18,6%).

força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas), estimada em 98,6 milhões de pessoas caiu 7,0% (7,4 milhões de pessoas a menos) comparada com ao trimestre anterior e 6,9% (7,3 milhões de pessoas a menos) frente ao mesmo período de 2019.

O número de empregadores (4,0 milhões de pessoas) recuou 8,5% (-377 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 8,8% em relação ao mesmo trimestre de 2019 (-388 mil).

A categoria dos trabalhadores domésticos, estimada em 5,0 milhões de pessoas, recuou 18,9% frente ao trimestre anterior e de 18,6% frente a igual período do ano anterior.

Já o grupo dos empregados no setor público (12,3 milhões de pessoas), que inclui servidores estatutários e militares, apresentou aumento de 7,8% frente ao trimestre anterior e de 6,2% frente a igual período do ano anterior.

O número de subocupados por insuficiência de horas trabalhadas (5,8 milhões) recuou 10,7% (697 mil pessoas a menos) frente ao trimestre anterior e 19,9% em relação ao mesmo trimestre de 2019, quando havia no Brasil 7,2 milhões de pessoas subocupadas.

Taxa composta de subutilização – trimestres de março a maio – 2012 a 2020 – Brasil (%)

Quanto ao rendimento médio real habitual, em relação ao trimestre móvel anterior houve aumento nas categorias: Indústria (5,6%) e Construção (7,9%). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa. Frente ao mesmo período de 2019, o aumento foi nas categorias Indústria (8,8%) e Outros serviços (8,4%), sem variação significativa no demais.

Entre as categorias de ocupação, frente ao trimestre anterior, houve aumento no rendimento médio real habitual dos empregados com carteira de trabalho assinada (2,6%) e também dos sem carteira (7,8%). Já em relação ao mesmo período de 2019, essas mesmas categorias mostraram aumentos de 3,8% e 13,4%, respectivamente.

Rendimento médio mensal real habitualmente recebido no mês de referência,
de todos os trabalhos das pessoas ocupadas – Brasil – 2012/2020 (R$)