Federação dos Sindicatos Independentes da Rússia envia carta às centrais sindicais do Brasil sobre as raízes do conflito na Ucrânia


Do Portal CTB

Em carta recebida em 16 de março de 2022, pelas centrais sindicais brasileiras que participam do BRIC sindical (CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST e CSB), Evgeny Makarov, Coordenador nacional do Fórum BRICS TU e Vice-presidente da Federação dos Sindicatos Independentes da Rússia, esclarece a posição da entidade com relação ao atual conflito na Ucrânia.

Makarov afirma que “organizações sindicais, sobretudo europeias, apresentam interpretações próprias, distantes da realidade e, por vezes, apenas falsas” sobre o conflito que acontece desde 24 de fevereiro e que logo após o golpe de estado ocorrido em Kiev em 2014 a Federação passou a receber informações “sobre o início da pressão contínua sobre a população de língua russa no sudeste da Ucrânia”. Pessoas que, segundo ele, passaram a ser acolhidas pelo governo russo. “Até o momento, cerca de um milhão de cidadãos ucranianos que viviam anteriormente nas regiões de Donetsk e Lugansk tornaram-se cidadãos russos, e aproximadamente o mesmo número solicitou passaportes russos, o que representa um pouco menos de 50% da população total que vive lá”, disse.

Ele fala ainda sobre “um verdadeiro genocídio por motivos étnicos” contra os cidadãos de língua russa da Ucrânia e os cidadãos russos que vivem nas regiões de Donetsk e Lugansk.

Leia aqui a carta traduzida e a versão original em inglês no link.

16 de março de 2022

Atenção: Federações Sindicais Nacionais dos países BRICS

Caros colegas,

Em primeiro lugar, gostaríamos de agradecer as palavras de apoio e compreensão que recebemos em relação à atual situação geopolítica.

Decidimos informá-los sobre a posição da Federação dos Sindicatos Independentes da Rússia em relação à operação militar especial que está acontecendo na Ucrânia desde 24 de fevereiro de 2022.

Sabemos que algumas organizações sindicais, sobretudo europeias, apresentam interpretações próprias, distantes da realidade e, por vezes, falsas sobre os acontecimentos que estão a decorrer. Esperamos que esta carta ajude a entender a situação atual.

Sem entrar em detalhes e aspectos históricos, notamos que imediatamente após o golpe de estado ocorrido em Kiev em 2014, passamos a receber informações de nossas organizações filiadas nas regiões da Rússia que fazem fronteira com a Ucrânia, bem como de organizações sindicais organizações das regiões de Donetsk e Lugansk que se recusaram a reconhecer as novas autoridades, sobre o início da pressão contínua sobre a população de língua russa no sudeste da Ucrânia. Tal pressão foi expressa em:
Obstruir as atividades de empresas e organizações;
Recusa de compra de produtos e fornecimento de matérias-primas para essas regiões;
Falência de empresas operacionais, demissões em massa e demissões;
Recusa de pagamento de pensões e benefícios aos desempregados dessas regiões, cessação do emprego, desorganização da esfera social.

Nossas afiliadas inicialmente consideraram que essas circunstâncias eram dificuldades temporárias relacionadas à crise econômica e política na Ucrânia. Nossas organizações territoriais, setoriais e de base, membros sindicais de base realizaram inúmeras coletas de ajuda humanitária e ajudaram a enviar várias dezenas de comboios humanitários para o território da Ucrânia alvo direcionado a coletivos de trabalho.

À medida que o confronto aumentava, dezenas de milhares de deslocados e refugiados incapazes de se adaptar à situação cada vez mais deteriorada na Ucrânia começaram a se mudar para as regiões que fazem fronteira com a Rússia.

O governo russo foi obrigado a abordar a questão da legalização de pessoas que perderam seus empregos, casas, oportunidades de educação e saúde e facilitar seu acesso à cidadania russa. Até o momento, cerca de um milhão de cidadãos ucranianos que viviam anteriormente nas regiões de Donetsk e Lugansk tornaram-se cidadãos russos, e aproximadamente o mesmo número solicitou passaportes russos, o que representa um pouco menos de 50% da população total que vive lá.

Ao mesmo tempo, a migração anual de mão de obra da Ucrânia para a Rússia naqueles anos variou de 2 a 3,5 milhões de homens e mulheres ucranianos saudáveis. Temos exemplos em que mais da metade da força de trabalho das empresas russas era composta por trabalhadores migrantes de várias regiões da Ucrânia. Mais de 12% da população ucraniana apta estava trabalhando na Rússia!

Como os desenvolvimentos subsequentes mostraram, a liderança central da Ucrânia lançou uma campanha para expulsar do país a população das regiões descontroladas de Donbass e Lugansk. Além disso, isso foi feito com base étnica e relacionado aos cidadãos de língua russa da Ucrânia. Um zelo particular neste assunto foi demonstrado por movimentos nacionalistas, essencialmente gangues, apoiados ativamente pelas autoridades do país vizinho.

Basta dizer que o primeiro decreto do novo governo foi um decreto que proibia a língua russa na Ucrânia. Ao mesmo tempo, de acordo com o único censo populacional realizado na Ucrânia em 2001, 29,6% das pessoas, incluindo 14,8% dos ucranianos, chamavam o russo de sua língua nativa, embora, de acordo com estimativas independentes, sua prevalência real seja muito maior.

A nossa opinião pública desenvolveu gradualmente a convicção de que um verdadeiro genocídio por motivos étnicos foi cometido contra os cidadãos de língua russa da Ucrânia e os cidadãos russos que vivem nas regiões de Donetsk e Lugansk. Tudo isso acontecia no centro da Europa diretamente nas fronteiras da Federação Russa.

O desenrolar da histeria nazista na sociedade ucraniana nos alarmou muito durante os últimos oito anos e especialmente nos últimos dois anos, quando se descobriu que vários estados estrangeiros, além da ajuda humanitária, estavam fornecendo à minoria nacionalista ucraniana armas modernas, e agora com mercenários, o que contribui para a escalada do conflito.

Em suma, estes fatos conduziram a um agravamento sem precedentes da situação e às consequências sobre as quais o mundo inteiro agora comenta.

Com o início de uma operação militar especial, havia esperança de que as forças nacionalistas na Ucrânia seriam detidas, a perigosa militarização daquele país seria detida e os cidadãos de língua russa seriam protegidos da discriminação e poderiam retornar às suas casas e vida.

Se você estiver interessado em uma informação mais abrangente sobre aspectos históricos e políticos do que está acontecendo, a posição das autoridades oficiais é compartilhada pela esmagadora maioria dos cidadãos russos (de acordo com pesquisas de opinião recentes, mais de 72% de nossa população apoia a operação na Ucrânia), oferecemos-lhe os links para dois discursos do Presidente Putin ao povo da Rússia, que podem oferecer respostas a muitas questões aqui levantadas [links AQUI e AQUI].

Por sua vez, estaríamos sempre prontos para lhe dar explicações atualizadas, detalhadas e exaustivas sobre a situação.

Evgeny Makarov

Vice-presidente da FNPR, Coordenador nacional, Fórum BRICS TU

Tradução: Luciana Cristina Ruy

Fonte: Radio Peão. Foto: Reconta ai

SINPROESEMMA contra-ataca, desmonta falenews de Deputado e restabelece verdade

Presidente Raimundo Oliveira 

O Blog publica a íntegra da Nota do SINPROESEMMA distribuída aos trabalhadores e trabalhadoras,  à imprensa  e à sociedade contra onda de fakenews gerada a partir de declarações e  falas em vídeos especializados produzidos para redes  sociais de Deputado estadual maranhense Weliio do Curso.

O Secretário de Educação do Estado Felipe Camarão já desmentiu enfaticamente a fakenews com documentos oficiais, chamou o parlamentar de mentiroso e comunicou ter forte indício de crime de falsificação de documentos e que deve acionar o deputado na justiça.  

O Blog apurou que o SINPROESEMMA tem a percepção e muitas provas de que é alvo de uma campanha sistemática e criminosa de desinformação e fakenews nas redes sociais. Grupos que atuam a serviço de interesses políticos subterrâneos.

O Presidente da entidade tem sido firme na defesa da verdade e dos interesses reais da categoria. De acordo com Oliveira um grupo de pessoas tem feito o trabalho sujo de desconstruir as conquistas alcançadas pela categoria.  

Oliveira lembra que eles próprios são beneficiados com a luta feita pelo sindicato mas que, por interesses políticos mesquinhos, adotam postura kamikaze, de negar as conquistas, desinformar a categoria e tentar impedir que os ganhos cheguem a quem é  de direito. 

Estranhamente trata-se da união tácita de adversários políticos do Sindicato  que lamentavelmente expressam aquilo que há de mais decadente na sociedade: a mentira, a dissimulação e o engodo. 

O SINPROESEMMA tem verve e tradição clasista de luta pra combater falsários e indignos. Já  demonstrou isso inúmeras vezes. E rsponde à altura para respeitar a categoria e restabelecer a verdade. Este é o sentimento do Presidente do Sindicato professor Raimundo Oliveira e da Diretoria.  

Agindo de maneira correta e transparente o Sindicato não tem medido esforços para desmontar, uma após outra, as fakenews criadas  por esses grupos criminosos. Tais grupos agem de maneira sorrateira e violentam a dignidade das pessoas. 

Dessa vez, o SINPROESEMMA esclarece fatos relacionados a falsa denúncia de 'super salarios" e anuncia medidas a serem tomadas em defesa do Sindicato e de seus dirigentes.  

Veja a Nota do SINPROESEMMA abaixo:

Nota de Esclarecimento 

Em defesa da verdade e em respeito à categoria dos trabalhadores em educação e à opinião pública, a direção do Sinproesemma esclarece, por meio desta nota, sobre as falsas acusações pulverizadas, nesta semana, pelo deputado Wellington do Curso.

Ao fazer uso de acusações levianas e montagem fajuta, o parlamentar mostra a face mais cruel de suas tentativas desesperadas em manchar a direção do Sinproesemma. Neste novo ato tresloucado e aventureiro por conseguir espaços na mídia, chega até a apresentar página falsificada, retirada do Portal da Transparência do Estado do Maranhão e alterada grosseiramente. 

Por isso, esclarecemos:

1 – Em nenhum momento os diretores do Sinproesemma receberam ou recebem salários acima do que lhes são devidos. Todos os diretores do Sinproesemma recebem por seus vínculos de trabalho, seja como Servidor Público do Estado ou Município.

2 – Todas as informações dos vencimentos dos diretores do Sinproesemma, citados de forma criminosa pelo parlamentar, estão sendo levantadas e serão apresentadas e provadas na Justiça, onde comprovaremos que o referido Senhor está mentindo, tentando enganar a opinião pública;

3 – O Sinproesemma sempre se pauta com responsabilidade e transparência nos seus atos perante a categoria e todos os anos são feitas as prestações de contas que podem provar que nenhum diretor recebe salário ou qualquer auxílio remuneratório ou que caracterize alguma suspeita levantada pelo referido parlamentar.

4 – Por fim, o Sinproesemma, por meio de sua diretoria, ingressará com ação civil por calúnia e difamação, criminal por esse parlamentar cometer falsificação de documento individual de cada um que ele acusa que recebe super salário retirado do site oficial do Portal da Transparência do Governo do Estado do Maranhão. O SINPROESEMMA nunca se calará diante dessas mentiras e responsabilizará o referido deputado pelo seu ato criminoso e mentiroso.

A Diretoria

“Numa época de mentiras universais, dizer a verdade é um ato revolucionário” (George Orwell)WhatsAp
FaceboTwitterEmComp

“Reforma Trabalhista precarizou e desempregou. Tem que revogar”, defende presidente nacional da CTB

Adilson Araújo é Presidente Nacional da CTB

“Quem primeiro disse que ia revogar a Reforma Trabalhista foi o presidente Lula”. Segundo Adilson, “pesquisa recente mostra que 57% da sociedade é a favor da revogação

Nas resoluções da primeira reunião do ano, no dia 4 de março de 2022, a Direção Executiva da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) considerou que “as eleições de outubro serão decisivas para um novo projeto nacional de desenvolvimento fundado na valorização do trabalho, na democracia e na soberania e devem centralizar a atenção e os esforços de mobilização e conscientização do sindicalismo classista”.

Para a Central, “a realização da Conclat (Conferência Nacional das Classes Trabalhadoras), convocada pelo conjunto das centrais brasileiras para o dia 7 de abril, será um poderoso instrumento de elevação da consciência e do protagonismo político dos trabalhadores e trabalhadoras, rurais e urbanos, na vida e nos rumos da nação”: E, mais adiante afirma: “o Brasil está diante de uma encruzilhada histórica e as eleições de outubro serão decisivas para o futuro da nação”.

“A CONCLAT É UMA DECISÃO AUDACIOSA”

Adilson Araújo, presidente da CTB, afirmou em sua intervenção que a convocação da Conclat foi uma decisão audaciosa. “Vamos produzir uma contraposição da “Carta aos Brasileiros”. Vamos concordar com o Lula que não podemos ter mais do mesmo”. Para o presidente da central, “quem primeiro disse que ia revogar a Reforma Trabalhista foi o presidente Lula”. Segundo Adilson, “pesquisa recente mostra que 57% da sociedade é a favor da revogação da Reforma Trabalhista. Se a sociedade é contra, se precarizou, se desempregou, se assassinou, nós temos que nos contrapor a tudo isso”.

Para Adilson, “é abominável que a gente vá dizer à sociedade que um governo democrático popular vai continuar sustentando o teto de gastos da Emenda Constitucional 95”. “Por mais que enxerguemos a correlação de forças, não podemos nos furtar de defender nossas posições. E explicou: “muitas das coisas que achávamos que o Lula e a Dilma iam fazer ficaram no papel e podem ficar de novo se a gente não pressionar. A CTB, independente de se esforçar por um documento unitário (da Conclat), deve dar calor a esse debate”.

De acordo com a resolução da reunião, “a classe trabalhadora é duramente castigada pelo desemprego em massa, a precarização das relações trabalhistas, a carestia e o arrocho dos salários. É também forçada a conviver com iniciativas diuturnas do governo para liquidar o Direito do Trabalho – impondo a chamada carteira verde e amarelo, agora embutida na Medida Provisória 1099/22, que institui o Programa Nacional de Prestação de Serviço Civil Voluntário”.

“A renda média do trabalho caiu 11,4% no ano passado, quando alcançou o menor patamar da série histórica do IBGE, iniciada em 2012. A maioria dos acordos e convenções coletivas fechados nas datas-bases das categorias profissionais consagrou reajustes abaixo da inflação. Em contraste, o governo de Jair Bolsonaro não mediu esforços para satisfazer os interesses dos banqueiros. Os quatro maiores bancos do país (Itaú/Unibanco, Santander, Bradesco e Banco do Brasil) abocanharam um lucro de R$ 81,632 bilhões, em 2021, enquanto o setor produtivo da economia era abatido pela pandemia e os salários eram arrochados”. Para a CTB, “a classe trabalhadora deve desempenhar um papel proeminente nesta batalha”.

Fonte: Portal CTB

Tradição classista do SINPROESEMMA foca na carreira e garante ganhos estruturais para milhares de profissionais de educação


As negociações da Campanha Salarial 2022 do Sinproesemma com o Governo do Estado trouxeram importantes avanços e asseguraram a valorização profissional na carreira dos trabalhadores em educação do Maranhão.

Um dos itens da pauta garantido pelo Sinproesemma é a correção das referências (enquadramento na referência certa conforme o tempo de serviço) de todos os professores e especialistas de 20h e 40h que estão com progressões acumuladas, o que incide diretamente na carreira desses profissionais do magistério trazendo ganhos reais quanto a sua remuneração.

Com essa conquista, cerca de 10.500 professores e especialistas terão movimentação na carreira e irão mudar de uma a até cinco referências, com ganho real de 5% a 25% no salário com a mudança de referência, que acrescido ao reajuste concedido pelo governo do Estado de 8%, implica em percentuais que vão variar de 13,5% a 37,5% de ganho.



Além desses percentuais que incidirão diretamente na remuneração dos trabalhadores em educação, soma-se a esses percentuais 1% referente a cada ano trabalhado, relativo ao tempo de serviço, o percentual de titulação e ainda mais o auxílio alimentação no valor líquido de R$ 300,00.

A partir do reenquadramento nas referências corretas, mais de 4.800 profissionais migrarão para a última referência, C-7, todos esses professores ficarão aptos a darem entrada no processo de aposentadoria, abrindo assim a perspectiva de Concurso Público para o magistério com no mínimo 5.000 vagas para suprir a demanda dos profissionais que se aposentarão e professores contratados.
 
“Com essa grande conquista da regularização das progressões, professores e especialistas terão sua evolução na carreira que tanto esperam, assegurando a valorização profissional e possibilitando ainda, a muitos profissionais, a perspectiva da aposentadoria na última referência, como por exemplo os promovidos e garantindo todos os benefícios para a aposentadoria. A direção do Sinproesemma tem responsabilidade sindical e pensamento coletivo para assegurar o que é melhor para a categoria e a plena convicção das conquistas da Campanha Salarial 2022”, pontuou o presidente do Sinproesemma, Raimundo Oliveira.

Fonte: ASCOM - SINPROESEMMA