CTB dispara: É hora do impeachment


A Direção Executiva Nacional da CTB divulgou na tarde desta terça-feira uma nota sobre o impeachment de Bolsonaro. 

Leia a íntegra da Nota:

A crise política ganhou nova dimensão e centralidade na conjuntura nacional após as revelações dos irmãos Miranda à CPI da covid. Elas deixam claro que por trás da política sanitária genocida, como seu complemento natural, existe um rumoroso caso de corrupção e tentativa de superfaturamento na compra da vacina indiana covaxin.

O presidente foi informado sobre a irregularidade no dia 20 de março, e chegou a afirmar aos denunciantes que o deputado Ricardo Barros, líder do seu governo na Câmara Federal, era o responsável pelo malfeito. Prometeu aos dois irmãos que encaminharia imediatamente o caso para a Polícia Federal. Mas lá se vão mais de três meses e ele nada fez.

A conduta de Bolsonaro configura crime de prevaricação.

Esta não é a única ilegalidade praticada pelo chefe do Executivo. É certamente a mais clamorosa, a mais evidente e aquela que, até este momento, despertou maior repulsa e indignação na sociedade.

O presidente não teve coragem de negar a veracidade do relato feito pelos Miranda aos senadores. Receia que a conversa tenha sido gravada e está em franca defensiva.

Mas continua difundindo Fake News e fingindo que “nada fizemos de errado”. Quer tapar o sol com peneira. Os fatos, porém, são irrefutáveis e não serão alterados por frases e narrativas mentirosas, que são a especialidade do Clã Bolsonaro.

O novo escândalo suscitou uma notícia-crime de três senadores contra o líder da extrema direita, manifestações populares espontâneas nas ruas pelo Fora Bolsonaro e a antecipação para o próximo sábado, 3 de julho, do ato contra o governo convocado pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.

Movimentos sociais e partidos de oposição vão apresentar nesta quarta (30) um “superpedido” de impeachment contra o presidente, unificando mais de 120 pedidos do gênero protocolados na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados.

Bolsonaro tem a morte por bandeira e uma agenda focada na destruição das conquistas democráticas e sociais, assim como do meio ambiente; no entreguismo; na dilapidação dos recursos e serviços públicos; na implantação de uma ditadura e no retrocesso ao voto impresso.

Seu governo é apoiado e respaldado pelo que há de pior na política nacional. Por isto governa à base de um toma-lá-dá-cá cada vez mais descarado e é inevitável que rumorosos casos de corrupção venham à tona.

É o que vemos hoje em contratos de compra de vacinas ou nas relações promíscuas do ex-ministro Ricardo Salles com madeireiros e ruralistas mafiosos.

Suspeita-se na CPI da covid que o dinheiro também estaria por trás da defesa obscurantista da cloroquina e outros medicamentos ineficazes para tratamento da covid. Afinal, a insanidade resultou em gordos lucros para empresários bolsonaristas do ramo farmacêutico. A tudo isto se soma o envolvimento dos Bolsonaros com a milícia carioca e os assassinos da vereadora Marielle Franco.

A temperatura da crise política cresce num ambiente sanitário e econômico degradado. Até esta segunda-feira (28) o Brasil registrava 513 mil mortes por covid-19.

Centenas de milhares de vidas teriam sido poupadas se o governo seguisse as orientações da OMC e da comunidade científica no enfrentamento da pandemia. Verificou-se o contrário, o que justifica o adjetivo genocida atribuído ao presidente e à sua política sanitária.

A classe trabalhadora, cuja maioria é forçada a sair de casa para trabalhar presencialmente, é a maior vítima da política genocida, antitrabalhista e antinacional do governo neofascista. É castigada não só pela doença, mas também pelo desemprego em massa, a redução da renda do trabalho, as privatizações, a progressiva destruição do Direito do Trabalho, o congelamento dos gastos públicos.

O número de desempregados subiu a mais de 20 milhões, somando o que o IBGE classifica de desemprego direto à multidão de mais de 6 milhões de desalentados, que desistiram de procurar emprego. Subutilizados são 32,4 milhões e mais de 50% da população brasileira em idade ativa não tem ocupação, o que configura um desperdício colossal da força produtiva nacional que deveria estar sendo usada em proveito do desenvolvimento.

Frente a esta realidade, a Direção Executiva Nacional da CTB reitera seu apoio à campanha nacional Fora Bolsonaro e considera que o caminho que se desenha para alcançar este objetivo é o impeachment. Já não é mais aceitável a permanência do líder da extrema direita na Presidência da República. Seu governo é um crime continuado que precisa ser interrompido.

Dirigentes e militantes da nossa central classista devem redobrar os esforços de mobilização para as manifestações convocadas pela CTB, as outras centrais sindicais e os movimentos sociais para o próximo sábado em todo o país. É hora de impeachment e a ampla mobilização social é indispensável para viabilizá-lo.

Direção Executiva Nacional da CTB 
(Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)

Brasil volta às ruas e antecipa protestos contra Bolsonaro para 3 de Julho

Ato dia 19 de Junho em São Luís

Diante do desgaste de Jair Bolsonaro após a denúncia do escândalo de corrupção envolvendo a compra da vacina Covaxin, movimentos populares anteciparam a próxima mobilização nacional por #ForaBolsonaro para o próximo sábado, 3 de julho. O ato de 24 de julho, que já estava marcado, está mantido.

Haverá ainda na próxima quarta-feira, 30 de junho, às 17h, um ato em Brasília em apoio ao superpedido de impeachment contra Jair Bolsonaro, um texto que reúne mais de 100 pedidos de impeachment e deverá incluir a nova denúncia de corrupção.

Os movimentos se reuniram neste sábado (26) para discutir um novo calendário de mobilizações contra o governo depois da sessão desta sexta na CPI da Covid, no Senado, que revelou que Bolsonaro sabia de um esquema de corrupção no Ministério da Saúde que seria comandado pelo líder do governo na Câmara, Ricardo Barros.

A CPI prepara agora notícia-crime contra o presidente para apresentar junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à Procuradoria-Geral da República (PGR) indicando prevaricação. “Mesmo comunicado [do esquema de corrupção], o presidente da República não toma nenhuma providência – não instaura inquérito, não pede investigação, nada”, disse o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Cesta básica acumula alta de 14,39% em 12 meses e arrocha os salários


Preços dos alimentos da cesta básica seguem em alta. O aumento em 12 meses acumula 14,39%, em 14 de 16 Capitais pesquisadas pelo Dieese.

Combinado com a evolução das negociações salariais, que em geral não repõem sequer o INPC, a carestia impõem um crescente arrocho dos salários.

Novo levantamento do Dieese revela que, em maio, cerca de 64% das negociações coletivas tiveram resultados inferiores à inflação pelo INPC. Reajustes acima desse índice foram observados em cerca de 19% dos casos; e iguais, em 17%. Pior resultado de uma data-base no período analisado.

No acumulado de 2021, 14,3% dos resultados apresentaram aumentos reais; 27,8%, apenas recomposição das perdas, e 58%, ϐicaram abaixo da inϐlação, sempre em comparação com o INPCIBGE. A variação real média no ano é de -0,67%.

Já os preços dos alimentos da cesta básica seguem em alta. O aumento em 12 meses acumula 14,39%, em 14 de 16 capitais pesquisadas pelo mesmo Dieese. Sem reposição, os salários não acompanham os preços e o trabalhador se vê em apuros, uma vez que se vê diante de uma redução do poder aquisitivo e já não pode comprar a mesma quantidade de mercadorias que comprava antes.

Porto Alegre lidera a carestia. A cesta básica, na Capital do RS, chegou a R$ 636,96. Em São Paulo, bateu em R$ 636,40. Ou seja, valores muito acima do Auxílio Emergencial médio de R$ 240,00 pago pelo governo federal.

Considerado o período entre maio de 2020 e o mesmo mês de 2021, o preço do conjunto de alimentos básicos subiu em todas as Capitais. Brasília liderou com 33,36%.

Salário mínimo

Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, após desconto previdenciário (7,5%), verifica-se que a pessoa remunerada pelo piso nacional comprometeu, na média, 54,84% do salário líquido pra comprar os alimentos básicos a um adulto. Em abril, 54,36%.

O óleo de soja aumentou em 15 Capitais. Carne bovina de primeira subiu em 16. Café em pó, 15. Pão francês subiu em 13. Entre abril e maio, o leite integral aumentou em 12 Capitais.

Variação mensal da cesta, 0,60%. Neste ano, 0,78%. Em 12 meses, 14,39%.

Crescimento do movimento grevista

O quadro de arrocho e pandemia tem despertado desconforto e reação da classe trabalhadora, como indica o significativo aumento do número de greves no primeiro quadrimestre deste ano.

Segundo o Sistema de Acompanhamento de Greves do DIEESE (SAG), foram realizadas, no primeiro quadrimestre de 2021, 231 greves. De janeiro a abril, houve crescimento mensal de 30% – de 47 a 67 paralisações. A maioria (75%) ocorreu no setor privado, sobretudo nos transportes (105), envolvendo majoritariamente rodoviários dos coletivos urbanos.

Entre as paralisações do funcionalismo público (17%), destacam-se as dos servidores/as das redes estaduais e municipais de educação (16 greves). Quase metade das mobilizações (48%) foi realizada contra o atraso no pagamento de salários (inclusive o 13º) e férias.

A implantação, o reajuste ou a regularização do vale-alimentação/refeição foi a segunda motivação mais frequente, presente na pauta de um quarto das mobilizações (25%). Em terceiro lugar (24%), estão as demandas por ações de proteção contra a disseminação do coronavírus, em especial mais rapidez na vacinação de trabalhadores mais expostos ao risco de contaminação.

Entre as principais motivações está ainda a luta contra as demissões, pela manutenção do emprego (11%). Na educação, crescem os conϐlitos entre educadores/as e governos, mas sem interrupção do trabalho. Os trabalhadores/as querem a permanência do regime remoto enquanto não houver vacinação e condições de segurança nas escolas.

Redução da jornada e salário em baixa

O estudo do Dieese também identificou uma redução nas negociações sobre redução de salários e jornada de trabalho.

A edição da MP 1.045 trouxe de volta a redução proporcional da jornada e de salários e a suspensão temporária do contrato de trabalho com pagamento do Beneϐício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda. A

s disposições tinham sido instituídas pela primeira vez pela MP 936, em abril de 2020, para enfrentar a crise provocada pela covid-19, e prorrogadas por meio da lei 14.020, de julho de 2020. No ϐinal de abril de 2021, após a piora da pandemia, o governo editou a MP 1.045, para adotar as medidas novamente.

Mesmo com a maior quantidade de mortes por covid-19 nesse momento, o número de negociações sobre as disposições da MP caíram. Não é possível determinar a razão, mas há algumas hipóteses: menor temor da doença; preocupação dos empregadores em relação à redução das atividades econômicas e fechamento de empresas por causa dos impactos da pandemia. É possível também que haja acordos individuais, que não aparecem nos instrumetos coletivos.

O setor de serviços foi o que mais fez acordos sobre as MPs 936 e 1.045. Foram 2.656 negociações de abril de 2020 a maio de 2021, ou 47,4% das negociações sobre o tema no período. Isso se explica pelo fato de que, nesse setor, em muitos casos, o trabalho realizado exige contato pessoal entre prestador de serviços e cliente. A indústria registrou 1.904 negociações com cláusulas sobre o tema, cerca de 1/3 do total. No comércio, houve 961 negociações e no setor rural, só 62.

Clique aqui e acesse a íntegra da pesquisa.

Reunião entre SINPROESEMMA e Prefeitura de Cajapió garante pauta importante dos trabalhadores e trabalhadoras da educação no município


Representantes do Sinproesemma estiveram reunidos com o prefeito do município de Cajapió, Marcone Marques junto com seu secretariado, para tratar de pautas importantes para a categoria dos trabalhadores em educação no município como a implantação de Insalubridade para os Auxiliares Operacionais de Serviços Gerais (AOSG’s), Precatórios do Fundef, Rateio do Fundeb 2020 e Quinquênio.


Insalubridade dos AOSG’s

Luta antiga da categoria dos trabalhadores em educação de Cajapió, a implantação de insalubridade para os Auxiliares Operacionais de Serviços Gerais, deu um passo importante. 

O prefeito se comprometeu em realizar as perícias médicas que atestam o grau de insalubridade de cada AOSG, para posteriormente implantar os valores devidos nos vencimentos dos servidores. As perícias serão realizadas ainda neste mês de junho e julho.

“Consolidamos um antigo sonho, que é a implantação das insalubridades para os AOSG’s, que até o mês de setembro desse ano já devem estar implantadas nos contracheques de todos esses profissionais. Uma grande vitória para a nossa categoria”, comemorou o coordenador do núcleo do Sinproesemma em Cajapió, Professor Manoel Gois.

Segundo a primeira dama de Cajapió, Cleiane Barros, a implantação da insalubridade dará um ganho significativo nos salários dos servidores, variando de 10% a 30% sobre o salário base desses profissionais.

Precatórios do Fundef


Ficou acordado na reunião que será definido um plano de ação, cuja elaboração será realizada por uma comissão composta por representantes do Sinproesemma e da Prefeitura de Cajapió para aplicação dos precatórios do Fundef.

O núcleo sindical defende que os recursos sejam aplicados entre todos os profissionais da educação, além da manutenção da educação, ampliação da rede, melhoria da estrutura das escolas, formação continuada, etc.

“Iremos formar uma equipe paritária para elaboração do plano de aplicação dos recursos dos precatórios do Fundef. Quero parabenizar a gestão municipal por esse entendimento e acrescentar que é de suma importância que a elaboração para a criação do Plano de Aplicação dos Recursos do Fundef parta do Executivo, ainda que provocado pelo Sinproesemma,” disse o coordenador da Regional de Viana do Sinproesemma, professor Amarildo Silveira.

O coordenador do núcleo do Sinproesemma, Manoel Góis, destacou a importante da participação dos 11 vereadores da Câmara Municipal na construção desse entendimento e agradeceu a todos em nome da presidenta da Casa, vereadora Maria das Dores (Dorinha).

Quinquênio

Os representantes do Sinproesemma defenderam a concessão do quinquênio para os trabalhadores em educação de Cajapió, ao passo que o Procurador do Munícipio, Dr. Diego Moura, emitiu parecer técnico contrário a concessão do quinquênio no período de 27 de maio de 2020 até 31 de dezembro de 2021, com base na Lei Complementar nº 173/2020 que estabelece o congelamento de gastos públicos diante do estado de calamidade provocado pela COVID-19.

A assessoria jurídica do Sinproesemma entende que o benefício não afronta a Lei 173/2020 e essa pauta será rediscutida em uma nova reunião entre o sindicato e a gestão municipal.

Sobre o Fundeb 2020, a gestão se comprometeu em enviar um relatório completo para o núcleo do Sinproesemma onde constam os gastos e justificativas para o uso do recurso do Fundeb no ano de 2020.

Para o presidente do Sinproesemma, Raimundo Oliveira, as conquistas dos trabalhadores em educação em Cajapió e no Maranhão é fruto da força, competência e seriedade do Sinproesemma.

“Em meio a todos os problemas que o país vive, como a recessão econômica, turbulência política, pandemia do coronavírus, o Sinproesemma vem conquistando muitas vitórias para os trabalhadores em educação, tanto no Estado como nos municípios que o nosso sindicato abrange. Continuaremos trabalhando com firmeza e seriedade em busca dos direitos e da valorização dos trabalhadores em educação e de uma educação pública e de qualidade”, ressaltou Oliveira.

Fonte: ASCOM - SINPROESEMMA

Brasil sai às ruas por vacinas para todos, auxílio emergencial de 600,00 e pelo Fora Bolsonaro


As lideranças dos movimentos sindical e sociais que estão organizam os atos deste sábado (19) com o mote Fora Bolsonaro alimentam a expectativa de que desta vez as manifestações ocorrerão em mais de 400 cidades brasileiras, superando as que foram realizadas em 29 de maio. 

Naquela histórica data foram registrados atos contra o presidente genocida em cerca de 213 cidades do Brasil e 14 no exterior.

O presidente da CTB, Adilson Araújo, reiterou a convocação da militância classista e disse que as manifestações são fundamentais para traduzir o real estado de espírito do povo e mudar a correlação de forças políticas no país.

 “O Brasil já tem acumulado mais de meio milhão de mortes por covid-19. Nosso cotidiano virou um velório sem fim e a CPI da covid está demonstrando que o presidente tem culpa no cartório. O povo brasileiro está sendo submetido a um genocídio e é preciso dar um basta”, assevera o sindicalista, que também alerta para a necessidade de zelar pelos protocolos sanitários, usando máscara, álcool gel e respeitando o distanciamento social.

Vídeo: "Consequências da Ansiedade na Educação" é tema de diálogo em Live com presença do Presidente do SINPROESEMMA Raimundo Oliveira


O Presidente do SINPROESEMMA participou de Live com o Tema 'Consequências da ansiedade na educação'.

A atividade aconteceu On Line, dia 21 de maio, nas Redes Sociais do próprio Sindicato.

O Psicanalista Clínico Fernando Braga foi o convidado especial para falar aos Associados e Associadas acerca do tema e interagir com os demais membros da Live e também com o público. 

Além da participação de Raimundo Oliveira a Live contou com a presença da professora Rita de Cássia, Diretora do SINPROESEMMA.

O Blog também considera ser este um TEMA de extrema importância, sobretudo por quê  pode ajudar a salvar vidas.

A ANSIEDADE tem sido considerada o grande mal do século.

Acompanhe a Live no vídeo abaixo:


PIB do primeiro trimestre é positivo, mas soma anual confirma economia fraca. Consumo cai


Crescimento no primeiro trimestre foi de 1% sobre igual período de 2020, o que já era esperado. No acumulado em quatro trimestres, queda de 3,8%. Investimento cresceu

Por Vitor Nuzzi, da RBA

Entre os setores de atividade econômica, agropecuária segue sendo principal responsável por resultados recentes do PIB

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,2% no primeiro trimestre em relação ao último período de 2020 e 1% na comparação com o início do ano passado, informou o IBGE nesta terça-feira (1º). As altas eram esperadas, devido ao resultado ruim registrado no ano anterior. Mas o PIB cai 3,8% na soma de quatro trimestres, mostrando a fraqueza da atividade, que segundo o instituto voltou ao nível pré-pandemia.

Ainda nesse acumulado anual, o produto só se sustenta, mais uma vez, pela agropecuária, que tem alta de 2,3%. A indústria recua 2,7% e os serviços, 4,5%. Segundo o instituto, o PIB do trimestre somou R$ 2,048 trilhões.



Também na comparação do primeiro trimestre com igual período do ano passado, a atividade agrícola sobe 5,2%, puxando o resultado, enquanto a industrial cresce 3%. O setor de serviços tem queda de 0,8%.

No pré-pandemia

Considerando o PIB acumulado em quatro trimestres, é o quarto resultado negativo seguido. Depois de crescer 1% no primeiro período de 2020, caiu 2,1%, 3,4%, 4,1% e, agora, 3,8%. Já os resultados trimestrais apontam relativa recuperação.

“Com o resultado do primeiro trimestre, o PIB voltou ao patamar do quarto trimestre de 2019, período pré-pandemia”, informa o IBGE. “Mas ainda está 3,1% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica do país, alcançado no primeiro trimestre de 2014”, acrescenta.

Consumo em queda

Influenciado pela pandemia, o consumo das famílias ficou praticamente estável do último trimestre de 2020 para o primeiro deste ano (-0,1%). O consumo do governo caiu 0,8%.

“O aumento da inflação pesou, principalmente, no consumo de alimentos ao longo desse período”, diz a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis. “O mercado de trabalho desaquecido também. Houve ainda redução significativa nos pagamentos dos programas do governo às famílias, como o auxílio emergencial”, observa ainda. Por outro lado, lembra , houve aumento de crédito para pessoas físicas. “Mesmo com a segunda onda da pandemia de covid-19, o PIB cresceu no primeiro trimestre, já que, diferente do ano passado, não houve tantas restrições que impediram o funcionamento das atividades econômicas no país.”

O consumo das famílias cai 1,7% em relação ao primeiro trimestre de 2020 e 5,7% em quatro trimestres. Já o consumo do governo tem retração de 4,9% e também 5,7%, respectivamente.

Investimento e balança

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), indicador de investimento, cresceu 4,6%, enquanto a balança comercial teve alta de 3,7% nas exportações e 11,6% nas importações. Na comparação com o primeiro trimestre de 2020, a FBCF sobe 17% (maior taxa desde o segundo período de 2010), as exportações têm crescimento de 0,8% e as importações, de 7,7%. A taxa de investimento subiu para 19,4% do PIB, ante 15,9% em 2020. No melhor momento, entre 2010 e 2011, manteve-se em 20,7%.

No ano passado, o PIB brasileiro caiu 4,1%, maior retração da série histórica, iniciada em 1996. As projeções para este ano apontam crescimento de 3,5% a 5%. Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que prevê 3,7%, o país crescerá abaixo da média mundial.