Auxílio de R$ 600,00 é essencial na pandemia, afirma Dieese


A explosão de casos de contaminações e mortes em decorrência da Covid-19 junto ao colapso no sistema de saúde em diversos municípios brasileiros expõem a triste realidade de que o País não consegue atravessar as crises sanitária e econômica.

Para que haja diminuição de casos, é necessário adotar o isolamento social como medida de prevenção. A ciência aponta para essa solução desde o início da pandemia. Mas para que isso ocorra, é preciso que o governo proteja a população e ofereça um Auxílio Emergencial com um valor digno àqueles que não podem ficar em casa.

É o que defende o Dieese (Departamento Intesindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Segundo o diretor-técnico da entidade, Fausto Augusto Junior, as pessoas que estão sem renda ou que recebem um Emergencial baixo não conseguirão ficar em casa.

De acordo com o dirigente, as pessoas só saem porque não têm outro tipo de renda. “Estamos terminando o terceiro mês de 2021 sem nenhum auxílio e o governo discutindo uma renda de R$ 250,00 que é incapaz de suprir às necessidades da população”, alerta Fausto.

Articulação – O Congresso Nacional aprovou a PEC 186 (Emergencial) em 12 de março, mas sem um valor definido para o pagamento do benefício, apenas o teto de R$ 44 bilhões para bancar o Emergencial por três meses.

Diante disso, o movimento sindical articula com lideranças políticas na Câmara e no Senado, além de dialogar com governadores brasileiros. Na quarta (24), 16 mandatários estaduais enviaram documento aos parlamentares pedindo que o valor seja de R$ 600,00 por mês.

Mobilização – Também na quarta, no Dia Nacional de Lutas, representantes das Centrais Sindicais e a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, que representou o Fórum dos Governadores, se reuniram em live transmitida pelas redes sociais alertando para a importância do Auxílio Emergencial de R$ 600,00.

Fausto Augusto Junior acredita que o apoio de políticos de todo o Brasil é importante para pressionar o governo federal e o Congresso para rever o valor do Auxílio. “A mobilização de governadores e do movimento sindical é fundamental pra colocar a discussão dos R$ 600,00 em pauta”, avalia.

Fonte: Agência Sindical

Brasil chega a 300 mil mortes e governo genocida manipula estatísticas para mascarar tragédia


O Brasil alcançou nesta quarta-feira (24) a triste marca de 300 mil mortos pela covid-19.

Acuado pelas críticas e a crescente indignação nacional com o descontrole, a providência do governo foi típica do negacionismo ilusionista cultivado pelo presidente genocida. O Ministério da Saúde voltou a manipular os dados com registros de óbitos pela doença para reduzir artificialmente o morticínio provocado pelo líder da extrema direita brasileira.

Bolsonaro também criou um seleto Comitê de Combate à Covid-19 com o falacioso discurso de que é preciso unir a nação, que contradiz na prática ao excluir do comitê os governadores que lhe fazem oposição, inclusive do maior estado do país, São Paulo. É simplesmente Bizarro.

Embora defendendo tardiamente a vacinação, depois de sabotá-la no momento mais decisivo, assim como o uso de máscara, que sempre combateu, o presidente genocida continua defendendo o uso de medicamentos e tratamentos preventivos condenados pela ciência e pela OMS inclusive porque já foram registrados efeitos colaterais que podem ser letais.

Caos e colapso

O país atinge a marca assombrosa de 300 mil mortos um dia após registrar, pela primeira vez, mais de 3 mil mortes em apenas 24 horas. E num momento de colapso nos hospitais, tanto públicos quanto privados. UTIs superlotadas desafiam profissionais de saúde já esgotados.

Com dados novos de 10 estados (AL, BA, GO, MG, MS, MT, PR, RN, SP e TO) desde a véspera, o país soma agora 300.015 óbitos. Casos confirmados de Covid-19 são 12.183.338. Nem com a manipulação descarada dos dados o governo conseguiu evitar o fatídico número.

Apenas nos três primeiros meses do ano, com o detalhe que março ainda não chegou ao fim, a doença ceifou mais de 100 mil vidas e já não restam dúvidas da responsabilidade do genocida Bolsonaro pela tragédia sanitária que está esgotando a capacidade dos cemitérios e transformando o Brasil num velório ambulante e numa terra de enlutados.

Manipulação criminosa

Feita com o propósito de mascarar a tragédia, eludir a chamada opinião pública e engabelar o povo, a manipulação dos dados é mais um crime sem castigo do governo genocida. Leia abaixo matéria da jornalista Mônica Bergamo sobre o tema:

O Ministério da Saúde passou a exigir informações como CPF, número do cartão nacional do SUS (CNS) e a nacionalidade de pacientes com Covid-19 –e fez o número de registro de óbitos despencar nesta quarta (24).

O governo de São Paulo foi o primeiro a detectar o problema. A coluna apurou, no entanto, que ele alcançou todo o país.

Um técnico do Ministério da Saúde confirmou as informações à coluna. E disse que houve um problema de instabilidade reportado ao Datasus, que cuida do sistema de informações da pasta.

A inserção do CPF não teria puxando os dados do paciente automaticamente, como deveria passar a fazer com a atualização. A pasta estaria realizando novos testes para melhorar o acesso ao sistema.

De acordo com o mesmo técnico, o Datasus já retirou a obrigatoriedade de inserção dos dados, por causa da instabilidade e depois que a medida repercutiu negativamente.

A mudança alterou drasticamente, por exemplo, o registro de óbitos em São Paulo. Na terça,o número de mortes no estado chegou a 1.021. Nas últimas 24 horas, ele despencou para 281.

A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo enviou ofício nesta quarta (24) ao ministério questionando a decisão de mudança nos critérios de registro de mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave no sistema Sivep Gripe (Sistema de Informação de Vigilância da Gripe), onde estão incluídos os doentes com Covid-19.

Presidente do SINPROESEMMA Raimundo Oliveira e Diretor Jurídico Henrique Gomes coordenam Live sobre Precatórios do FUNDEF nessa Sexta-Feira 26


O Presidente do SINPROESEMMA professor Raimundo Oliveira e o Diretor Jurídico do Sindicato cordenam nessa Sexta-Feira (26), às 09:30, por meio da página da entidade no Facebook e no canal TV SINPROESEMMA no YouTube, uma Live com o tema "Precatórios do FUNDEF a Derrubada do Veto 48 e os benefícios para os Educadores.".

Na oportunidade participam como debatedores os Advogados Leverriher Alencar, Jailson D'Lima, e do professor e advogado Josivaldo Corrêa. 

Na pauta do encontro os participantes trarão informações e esclarecimentos sobre Precatórios do FUNDEF e toda a luta travada pelo Sindicato e demais entidades na justiça para que o trabalhador e trabalhadora vença e tenha acesso a este direito o mais breve possível.

O Diretor Jurídico do SINPROESEMMA Professor Henrique Gomes reforça o convite "aos maiores interessados nesse tema, que são os próprios profissionais, a participarem dessa Live sobre Precatórios do FUNDEF.".

O Presidente do SINPROESEMMA Raimundo Oliveira também reafirma a importância da participação: "Convido todos e todas as trabalhadoras e os trabalhadores em educação a acompanharem conosco essa Live, pois lá teremos informações importantes.
 O evento acontece na manhã dessa sexta (26), às 09:30. Será mais um momento em que estaremos juntos nessa luta para garantir direitos e ampliar nossas conquistas.".

"O Brasil está em estado terminal.", afirma Adilson Araújo na live das centrais sindicais

Presidente nacional da CTB Adilson Araújo

“O Brasil se encontra num estado grave. Sob a prevalência do negacionismo, das doses de cloroquina e ivermectina o país caminha para seu estado terminal”, afirmou o presidente da CTB, Adilson Araújo, durante live promovida pelas centrais sindicais no âmbito do Dia Nacional de Luta convocado para esta quarta-feira (24) em unidade com as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo .

O sindicalista enalteceu a iniciativa das centrais. “É muito importante esta data para uma profunda reflexão. Devemos ultrapassar hoje a trágica marca de 300 mil mortos pela Covid-19. O grau de maturidade alcançado pelas centrais tem se revelado uma grandeza de fundamental importância”, ressaltou

O presidente da CTB lastimou o clima de velório que tem acompanhado o avanço impiedoso da doença. “Acordei nesta quarta-feira (24) com a informação da perda de um valoroso patriota, nosso eterno militante e ex-deputado federal Haroldo Lima e também soube hoje da morte de Pedro Eugênio Beneduzzi Leite, bancário, militante da Contraf”, comentou.

Araújo criticou duramente a redução do valor do novo auxílio emergencial ofertado por Bolsonaro. “150 reais não compra sequer um quarto de uma cesta básica, é urgente resgatar o auxílio com o valor original de R$ 600,00”, salientou.

Ele também mencionou a difícil situação vivida pela classe econômica em meio à crise sanitária, econômica e política. “Temos 79 milhões de brasileiros e brasileiras em idade ativa fora da força de trabalho e junto com o desemprego em massa presenciamos a destruição de direitos e a degradação das condições de trabalho. Hoje um trabalhador de aplicativo chega a trabalhar 14 horas diárias ou até mais em fins de semana”.

Em sua opinião, “falta um projeto nacional, a única ambição do governo é vender tudo e estabelecer o Estado mínimo, com ajustes fiscais e cortes de verbas essenciais, enquanto a pandemia evidencia a necessidade de universalização dos serviços públicos”.

Araújo defendeu um “projeto de reconversão industrial para fazer máscaras, EPIs, álcool gel, garantir equipamentos hospitalares, sedativos, oxigênio”, mas constatou que infelizmente “o país em estado terminal vai oscilando para pior”.

“Não há como vislumbrar uma política de emprego e renda com este governo medíocre”, observou. “Os EUA acabam de aprovar um orçamento da ordem de US$ 1,9 trilhão para enfrentar os problemas econômicos e sociais, com pesados investimentos em infraestrutura e tecnologia e seguridade social”.

Na contramão deste movimento, que também se verifica na Inglaterra e muitos outro países, Bolsonaro e Paulo Guede insistem na política neoliberal de Estado mínimo e arrocho fiscal, “A centralidade da luta atual é a defesa da vida, as centrais estão unidas neste propósito. Nada do que vivemos tem sentido se não formos capazes de tocar o coração das pessoas”, finalizou o presidente da CTB.

SBPC

O presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu Moreira, também participou da live e manifestou sua solidariedade aos trabalhadores e trabalhadoras, “especialmente os que estão na linha de frente do enfrentamento desta doença terrível”.


Moreira ressaltou que a SBPC já soma 70 anos de luta em defesa da educação, da saúde, da ciência, da medicina. Ele considerou “muito importante este dia nacional de mobilização com a agenda focada na defesa da vida e da saúde”, disse que a prioridade absoluta é a vida, não o ajuste fiscal. “É fundamental que estejamos todos juntos neste momento difícil da vida nacional”.

A SBPC reúne cerca de 160 sociedades científicas, “que estão juntos conosco no Pacto pela Vida e pelo Brasil, cuja agenda coincide esta que vocês estão colocando, o lema do nosso manifesto é ´o povo não pode pagar com´”.

O líder cientista destacou a “importância de ter um plano nacional, o Brasil precisa disto”. Entretanto, “o que vimos é uma política de descoordenação, desmonte e negacionismo que favorece a morte e não a vida”.

Fórum dos Governadores

A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, falou em nome do Fórum dos Governadores Pela Vida na live das centrais. “Fico muito feliz em participar desta live, representando o Fórum dos Governadores, até pela minha origem, sou professora, servidora e tenho toda uma vivência no movimento sindical, fico feliz de ver o movimento sindical e os movimentos sociais tão engajados nesta luta em defesa da vida.”


Na opinião da governadora a saída que está colocada é “isolamento e avançar com toda garra com o processo de vacinação”. Ela não poupou críticas ao governo. “Hoje viramos o epicentro da pandemia no mundo e isto se deve à postura negacionista que a maior autoridade do nosso país adotou”.

Segundo ela, “uma das falhas mais graves foi em relação à vacina. Seguramente se estivéssemos com o processo de vacinação acelerado certamente o país não estaria vivendo esta tragédia. Nesta data vamos ultrapassar a marca dos 300 mil mortos e não são apenas números, são vidas, são sonhos que se foram.”

Fonte: Portal CTB

SINPROESEMMA mobiliza categoria para Dia Nacional de Alerta em Defesa da Educação Escolar Básica Pública e Lockdown pela Vida


Neste dia 24 de março, o Sinproesemma mobiliza os trabalhadores em educação de todo o Maranhão para participarem do Dia Nacional de Alerta em Defesa da Educação Pública. A mobilização faz parte do calendário de lutas da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e reivindica o direito à vida, volta das aulas presenciais somente após vacinação para toda a comunidade escolar e auxílio emergencial para as famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade, entre outros.


Neste atual cenário de aumento dos casos da Covid-19 em todo o Brasil e em respeito às recomendações das autoridades sanitárias, a nossa Campanha será realizada de forma virtual com a disponibilização de cards para serem utilizados em todas as nossas redes sociais.

A ação visa estimular o enfrentamento contra os retrocessos e impulsionar a luta por mais investimentos e valorização aos trabalhadores em educação.

Vamos mobilizar cada trabalhador e trabalhadora da educação do nosso Estado para participar das ações e compartilhar os materiais de divulgação, utilizando a hastag #EmDefesadaEducação.


“Vamos mobilizar toda a categoria e a sociedade para lutar contra a política genocida do Governo Federal. Estamos indo na contramão do mundo e por isso já perdemos quase 300 mil vidas. Vamos pressionar os governantes para que medidas efetivas sejam tomadas, pois essa política negacionista, amparada no desemprego e desamparo ninguém aguanta mais”, comentou Oliveira.

Fonte: ASCOM - SINPROESEMMA

Centrais convocam Dia Nacional de Luta para esta quarta-feira (24) e defendem lockdown


A direção Nacional da CTB convoca as entidades filiadas e a classe trabalhadora a participar, massivamente, com paralisações e atos em todo pais, no Dia Nacional de Luta em defesa da vacinação para todos e contra a Reforma Administrativa (PEC 32), que ocorrerá na próxima quarta-feira (24). Não existe outra forma de mostrar nossa indignação.

Não existe canal de negociação, precisamos nos fazer ouvir e a população precisa saber o que estão fazendo com nosso país. Está na hora de mostrar nossa indignação diante do descaso dos governantes e parlamentos coniventes com a política genocida do governo federal.

Este dia de luta, convocado em conjunto com as Centrais Sindicais, Confederações, Federações e Sindicatos de Servidores Públicos, tem por objetivo alertar a classe trabalhadora e a sociedade em geral para o perigo que o país está correndo diante da pandemia e o colapso da saúde em nosso país e com atos típicos dos piores facínoras que já existiram neste mundo.

Infelizmente, este tipo de comportamento está nos isolando do mundo e nosso país não merece tanto descaso.

Os parlamentares do congresso nacional aprovaram o teto de gastos, terceirização irrestrita, reforma trabalhista, reforma da previdência, já mudaram as regras para exploração do petróleo da camada do pré-sal, já entregaram a água subterrânea para a Coca Cola, venderam estatais e está em curso acelerado o projeto de vender ainda mais, inclusive os bancos públicos, correios e energia, tudo com o discurso demagogo de que vai investir em desenvolvimento para a população.

Analise o que eles já fizeram com o nosso País e não conseguimos reverter. Diziam que tudo era em nome de melhor investimento público, emprego, saúde e educação. Mentirosos!

Acorde antes que seja tarde para você ou para seus entes queridos. Se indigne conosco, juntos podemos muito mais.

Não deixe que a próxima vítima seja você!

Venha para o Dia Nacional de Luta junto com a CTB.

Em defesa dos serviços públicos, dos trabalhadores dos serviços públicos e da vacina para todos!

Vidas Importam!!! Dia 24 Março é dia de Luta

Presidente do SINPROESEMMA Raimundo Oliveira comemora vitória que derruba veto de Bolsonaro que negava precatórios do FUNDEF aos trabalhadores e trabalhadoras em educação


O Presidente do SINPROESEMMA professor Raimundo Oliveira comemorou mais uma vitória importante na luta pela do Sindicato para garantir aos trabalhadores e trabalhadoras em educação do Maranhão os direitos relacionados aos precatórios do antigo FUNDEF. 

O Congresso Nacional derrubou o Veto 48/20 de Bolsonaro que prejudicava os trabalhadores e trabalhadoras negando 

Oliveira é enfático no recado aos associados e associadas: "A unidade e a luta dos educadores derrubou o veto de Bolsonaro e agora o dinheiro dos precatórios do FUNDEF é dos trabalhadores em educação. O veto 48 que trata da subvinculação dos precatórios para o magistério foi derrubado.

De acordo com Oliveira: "O Sinproesemma vai continuar a negociação com o Governo do Estado e com Prefeitos do Maranhão, para garantir esses recursos no contracheque dos trabalhadores e trabalhadoras.".

Abaixo a íntegra do vídeo com a mensagem do Presidente do SINPROESEMMA Raimundo Oliveira aos trabalhadores e trabalhadoras em educação do Maranhão. 





Fonte: Blog do Marden Ramalho

Após pedir, Flávio Dino agora “implora” para que fiquem em casa


O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), passou a “implorar” para que a população siga rigorosamente o distanciamento social e fique em casa neste momento de avanço acelerado da pandemia de Covid-19. O apelo de Dino feito nas redes sociais nesta sexta-feira (12), ao abordar o enfrentamento à crise do novo coronavírus no estado.

“Volto a pedir, volto a conclamar, volto a convidar e, pela primeira vez em entrevista coletiva, uso o verbo implorar”, afirmou o governador, em vídeo que publicou nas redes sociais nesta sexta (12). “Eu estou implorando, pelo amor do nosso senhor Jesus Cristo, que as pessoas nos próximos dias cumpram esses compromissos mínimos – mínimos, básicos.”

“Estou pedindo, implorando que vocês usem máscaras quando estiverem ali na rua. Evitem aglomeração nessas próximas semanas para que o sistema hospitalar possa suportar essa hora difícil no Brasil”, acrescentou Dino. Segundo ele, a situação dos hospitais no estado está “muito difícil” e os profissionais de saúde “estão exaustos”.


“Vamos nos unir. Esqueçam em quem você votou, em quem você vai votar. Não importa isso agora. Esqueçam simpatias ou antipatias políticas”, afirmou. “‘Eu não gosto do governador’ – não tem problema. Eu não estou pedindo que gostem do governador ou do governo.”

Conforme boletim divulgado pela secretaria de Saúde do Maranhão na quinta-feira (11), a taxa de ocupação de leitos de UTI para pacientes de Covid-19 é de 97,25% na Grande Ilha, 90,28% na Imperatriz e 58,8% nas demais regiões. Hoje, há 11.692 casos ativos no estado. Desde o início da epidemia, o Maranhão já teve 226 mil casos confirmados e 5.413 mortes pela doença.

Fonte: Com informações da Folha.com

Desesperado, Bolsonaro volta a acenar com golpe e recorre a mentiras para encobrir conduta genocida frente à pandemia


Por Umberto Martins

Acuado pelas críticas e desesperado com o retorno de Lula ao palco da política nacional e pesquisas indicando que está com a popularidade em queda e tende a perder as eleições de 2022 Jair Bolsonaro voltou a acenar com o golpismo e recorre a mentiras deslavadas para tentar encobrir a conduta irresponsável e genocida do governo que preside em relação à pandemia.

Em live na quinta (11) o líder da extrema direita brasileira voltou à guerra contra governadores, esbravejando contra o isolamento social recomendado pelos cientistas. Também insinuou, mais uma vez, que pode dar um golpe.

Adepto da tortura

Fez questão de ressaltar que ele é o “chefe supremo” das Forças Armadas, e que poderia tomar “medida extrema”, sem especificar qual, “se o povo quiser”, nas suas palavras. O povo de que fala é composto pelas milícias e extremistas de direita.

“Como é fácil impor uma ditadura no Brasil”, disse ele, em duas oportunidade. Não é a primeira vez que ele ameaça um golpe e insinua que pode arrastar as Forças Armadas na aventura.

Não se deve duvidar de que ele faz e fará de tudo para concretizar seu projeto fascista e que pode ser bem sucedido se não houver forte resistência, unidade e luta das forças democráticas e populares. Bolsonaro é um político que idolatra torturadores e já disse que o erro da ditadura foi assassinar poucos opositores. Na opinião do genocida, os militares deviam matar pelo menos mais 30 mil.

Será amnésia?

Ao mesmo tempo, sentindo que não dá mais para continuar negando a letalidade da doença (São Paulo, sozinho, registrou o recorde de 521 mortes em 24 horas nesta sexta) o presidente finge amnésia para afirmar que nunca caracterizou a covid-19 de “gripezinha” e ainda teve a cara de pau de pedir que publicassem vídeo provando o contrário.

Mas, como diz o ditado, a mentira tem pernas curtas. Conforme lembrou a revista CartaCapital Bolsonaro pronunciou a palavra “gripezinha” ao referir-se ao vírus em pelo menos duas ocasiões. Os vídeos reproduzidos abaixo refrescam a memória e desmascaram o mentiroso.

Comissão Eleitoral divulga resultado final das Eleições Gerais para Diretoria Geral e Conselho Fiscal do SINPROESEMMA

Parte dos membros da Chapa 1

Os Trabalhadores em Educação do Maranhão confirmaram a Chapa 1 – Garantir Direitos e Avançar na Unidade e na Luta como a grande vencedora do pleito eleitoral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica das Redes Públicas Estadual e Municipais do Maranhão (Sinproesemma) que aconteceu no dia 03 de março de 2021 em todo o Estado. 

Com 6.767 votos a Chapa encabeçada pelo Professor Raimundo Oliveira irá comandar o Sinproesemma por quatro anos. Votos nulos e brancos contabilizam 120, totalizando 6.887 votos.

Para o presidente da Comissão Eleitoral, Júlio Pinheiro, o processo eleitoral do Sinproesemma foi exitoso.


“Estamos divulgando o resultado final da eleição do Sinproesemma com a vitória da Chapa 1. Mesmo em meio a pandemia, tivemos uma efetiva participação da categoria que ratificou a Chapa Garantir Direitos e Avançar na Unidade e na Luta como a grande vencedora do pleito. Agora vamos proclamar o resultado e encerrar esse processo eleitoral que foi muito exitoso”, pontuou Júlio.

O atual presidente do Sinproesemma, Raimundo Oliveira, reeleito para mais quatro anos de gestão agradeceu os votos da categoria.


“Quero agradecer em nome dos 110 integrantes da Chapa 1 todos os votos, o engajamento e a confiança que a categoria dos trabalhadores em educação depositou em nós. Quero destacar que o Sinproesemma, o maior sindicato do Maranhão continuará defendendo os Trabalhadores em Educação do Estado, lutando contra retrocessos e pela construção de uma educação pública de qualidade e igualitária para todos”.

A Comissão Eleitoral irá informar em breve a data da posse da nova diretoria do Sinproesemma.

RESULTADO

1) Chapa 1 = 6.767 votos

2) Brancos e Nulos = 120 votos

Total de Votantes = 6.887

Direito ao trabalho, vacinação e lockdown


A vulnerabilidade dos empregos é também produto de uma série de medidas adotadas por meio da reforma trabalhista de 2017, que facilitou dispensas coletivas, revogando a exigência de prévia negociação com os sindicatos

do REMIR – Rede de Estudos e Monitoramento da Reforma Trabalhista

“Chega de frescura, de mimimi. Vão ficar chorando até quando?”. A declaração do presidente da República no último dia 4/3/2021, quando a pandemia da Covid-19 adquire no Brasil níveis inimagináveis, mais que uma demonstração de desumanidade e falta de decoro, confirma uma posição enunciada desde o início da pandemia: era preciso arriscar vidas (não importa quantas) para a economia não parar e para que as pessoas pudessem garantir o seu sustento.

Diante da falsa polarização entre direito ao trabalho e direito à saúde, o governo Jair Bolsonaro estaria priorizando a defesa da economia, ainda que ao custo do sacrifício de vidas humanas.

Entretanto, ao contrário do que tem sido propalado, o governo brasileiro falhou miseravelmente nos dois aspectos.

Sem controle da pandemia, sem o cumprimento de medidas sanitárias mínimas e sem a paralisação da circulação de pessoas, aliados à falta de testes, à falta de vacinas e a uma campanha pública de desinformação, o Brasil lidera hoje o número de mortes e contaminações e transformou-se, na opinião dos infectologistas, em um laboratório a céu aberto para propagação de novas cepas do vírus.

De outro lado, como observa o estudo de Marcos Hecksher (IPEA), o Brasil está entre os piores países em termos de preservação de empregos no cenário pandêmico. Considerando os dados da OCDE para 22 países, o estudo revela que os países que salvaram mais vidas foram também os que salvaram mais empregos, caso do Japão, Austrália, Coreia do Sul e Nova Zelândia[1].

Nos preocupa, enquanto pesquisadores e pesquisadoras do mundo do trabalho, perceber a adesão de muitos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros à narrativa governamental, o que os coloca, por vezes, em oposição às medidas de prevenção ao contágio, sobretudo ao lockdown, diante da necessidade de agarrar essa que é apresentada como única via para sua sobrevivência: o trabalho em circunstâncias de risco. Inúmeros são os relatos de óbitos de trabalhadores e trabalhadoras cujos amigos e familiares se contaminaram nos locais de trabalho, contaminando também suas famílias. Também são muitos os registros de trabalhadores e trabalhadoras inconformados com o fechamento do comércio, diante da ameaça que isso representa para seus empregos.

Essa preocupação legítima distorce o fato de que a vulnerabilidade econômica dos trabalhadores e trabalhadoras no cenário pandêmico decorre não das necessárias e urgentes medidas de prevenção ao contágio e circulação de pessoas, mas da falta de coordenação por parte do governo Federal para o controle da pandemia; e das diversas políticas adotadas nos últimos anos, especialmente a política econômica, francamente anti-emprego.

A vulnerabilidade dos empregos é também produto de uma série de medidas adotadas por meio da reforma trabalhista de 2017, que facilitou dispensas coletivas, revogando a exigência de prévia negociação com os sindicatos, e inseriu na ordem jurídica contratos precários, de curta duração e fácil descartabilidade, incapazes de garantir proteção e estabilidade às pessoas em contextos de crise como o que vivemos no momento presente.

Esse cenário de insegurança e incerteza é potencializado pela negligência do governo Bolsonaro em adotar políticas sociais capazes de garantir a saúde, o emprego e a renda da população. É uma estratégia do governo que deixa os brasileiros na mão, pois desorganiza as possiblidades de sobrevivência de muitas atividades econômicas, especialmente das micro e pequenas empresas e dos trabalhadores por conta própria. O auxílio e o benefício emergencial tiveram curta duração, não alcançaram todos os que deles necessitam e foram insuficientes para garantir a sobrevivência dos beneficiados. Na segunda vez em que foi reeditado, o auxílio emergencial teve seu valor foi reduzido pela metade, sendo que desde janeiro não se encontra mais em vigência. Apesar dos seus limites, os estudos econômicos mostram que essas medidas foram fundamentais para o PIB de 2020 não ter caído ainda mais. São benefícios fundamentais para tirar milhões de brasileiros e brasileiras da fome e, assim, garantir alguma renda para os trabalhadores informais, os desempregados e para manter o emprego dos que precisam, no momento, fazer distanciamento social para preservar a vida.

Em um cenário de crescente carestia dos alimentos básicos, de aumento das taxas de desemprego e de agravamento da pandemia, é importante defender a retomada do auxílio emergencial, em valor razoável, para assegurar aos trabalhadores e às trabalhadoras, em situação de desemprego ou emprego, informais ou formais, a possibilidade de defesa de suas vidas e de suas famílias, diante de um cenário de risco de adoecimento e morte.

A generalização do auxílio emergencial é condição fundamental para o resgate da cidadania, refutando a “alternativa” perversa que se apresenta aos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros: ter que trabalhar, expondo sua saúde e sua vida, ou sofrer as consequências da falta de renda, atormentados pelo fantasma da miséria e da fome. E, ainda, tem o efeito positivo de injetar recursos na economia por meio do consumo das famílias beneficiadas, contribuindo para a manutenção da atividade econômica e dos empregos dos setores mobilizados para atender a esse consumo, como mostra estudo da USP[2].

Nós, pesquisadores da REMIR, avaliamos que o agravamento da pandemia da Covid-19 no caso brasileiro encontra-se diretamente atrelado ao desmonte da estrutura pública de regulação do trabalho, à fragilização das políticas sociais de emprego, renda e assistência social, e à negligência do governo brasileiro diante da pandemia.

O convite ao sacrifício individual dos trabalhadores e trabalhadoras é apenas a prova da falência do modelo econômico neoliberal para o trabalho adotado pelos governantes brasileiros. Diante da política de morte e abandono praticada, a resposta passa pela construção de alternativas que atribuam centralidade ao trabalho e à preservação da dignidade da vida humana.

Vacinação para todos, lockdown para interromper a circulação do vírus e auxílio emergencial, em valores condizentes com o custo de vida nacional, são medidas essenciais para a retomada do crescimento econômico. Assim como é fundamental garantir condições dignas de trabalho, com proteção e direitos sociais aos trabalhadores e trabalhadoras que estão em atividades essenciais.

Fonte: Portal CTB

O emprego no Brasil: resultados de 2020 e desafios para 2021


Por Clemente Ganz Lúcio


A economia brasileira fechou o ano de 2020 com uma queda do PIB de -4,1%, a menor taxa da série histórica iniciada em 1996, sendo que o desemprego médio ficou em 13,5%, a maior taxa da série histórica iniciada em 2012, segundo os dados divulgados pelo IBGE.

Foi um ano extremamente difícil porque a crise sanitária exigiu isolamento social, o que colocou milhões de pessoas na inatividade, jogou o desemprego para cima e impediu milhares de empresas de manter suas atividades. Houve, por exemplo, o deslocamento de mais de 8 milhões de pessoas para o home office e a expansão de ocupações que usam aplicativos e plataformas. Milhares de empresas encerraram suas atividades, processo que continua e aumentará com o novo agravamento da crise sanitária. Foram milhões de postos de trabalho destruídos, cerca de 11 milhões de trabalhadores colocados na inatividade, em decorrência da necessidade de isolamento social, e mais de 10 milhões tiveram seus contratos de trabalho suspensos ou reduziam a jornada de trabalho. Movimentos inéditos em quantidade, intensidade e velocidade.

Para além do desemprego aberto de mais de 14 milhões de pessoas, há o desemprego oculto, situação que a estatística oficial não identifica e que estimo estar em torno de 10%. Isso quer dizer o seguinte: se parte daqueles que estavam no mercado de trabalho e foram obrigados a ir para a inatividade, e nela ainda se mantém (cerca de 8,4 milhões de pessoas), ou se encontram desalentados (5,8 milhões) estivessem procurando ocupação laboral, a taxa de desemprego aberto atual estaria entre 20% e 25%! Ou seja, no contexto atual, seria necessário a geração de empregos para mais de 25 milhões de pessoas.

No ano de 2020 o contingente de trabalhadores com carteira assinada foi 11,2% menor que 2019, ou seja, cerca de 3,8 milhões deixaram de ter um emprego protegido. Já o contingente de trabalhadores sem carteira subiu 10,8%, um aumento de 1 milhões de pessoas; cresceu em 1,5 milhão o número de trabalhadores por conta própria, que agora já somam mais de 23 milhões; a informalidade caiu porque são os trabalhadores precários os primeiros a serem expulsos do mercado de trabalho, mas, ainda assim, são quase 40% os ocupados na condição de informais; uma dinâmica econômica fraca coloca cerca de 32 milhões de pessoas em condições precárias de ocupação, subutilizadas com jornada de trabalho parcial ou emprego intermitente, por exemplo. A pintura do quadro de 2020 revela que a péssima gestão do governo federal deu asas para o espectro da morte, desde janeiro desprotegeu os 67 milhões de desempregados e inativos que recebiam o auxílio emergencial de R$ 600,00 e, sem planejamento e coordenação, o país tomba economicamente com a falta de perspectiva.

Esse contexto se apresenta como uma situação ainda mais dramática para os jovens, as mulheres e os negros. As desigualdades cobram suas faturas no maior número de mortes entre os mais vulneráveis, no desemprego, no aumento da pobreza e da miséria. Essa situação requer uma atuação pública do Estado com urgência sanitária e social e com emergência econômica. Infelizmente o governo federal nega essa realidade e mobiliza o oposto de tudo que precisa ser feito. Há uma tragédia que o governo Bolsonaro contratou e promoveu e suas consequências sociais e econômicas, infelizmente, serão cada vez mais terríveis.

O isolamento e o distanciamento social deveriam ter sido consolidados como uma prática coletiva a partir de campanhas educativas. O governo federal fez o contrário, deseducou ainda mais. Desde o primeiro semestre de 2019, além de criar as condições para o SUS atender as demandas, o país deveria ter estruturado o plano nacional público de vacinação. Não o fez e a tragédia é visível com os descalabros do Ministério da Saúde na gestão da crise sanitária. O custo social são os mais de 250 mil mortos, estatística que diariamente aponta números mais catastróficos e que não param de piorar. Estudos indicam que quem realiza uma incompetente e criminosa gestão sanitária, como o faz o governo federal, colherá uma crise econômica ainda muito maior.

Todos queremos boas certezas! O que temos, porém, é a certeza do agravamento da crise sanitária, do aumento do número de infectados e de mortes, do altíssimo risco de o colapso do sistema de saúde se espalhar pelo país, da descoordenação das políticas públicas, tudo convergindo para a insegurança em relação à proteção da vida e da economia. O custo social e econômico do (des)governo federal é cada vez mais alto e talvez incalculável.

Esse contexto aponta para perspectivas muito ruins para 2021 e talvez também para 2022. As estimativas de crescimento econômico para 2021 estão entre 3% e 4%. Entretanto esses números escondem, pelos efeitos estatísticos ao comparar médias, que o crescimento efetivo da economia pode ser menor de 1%, permanecendo o país na condição de semi-estagnação neste ano. No primeiro semestre está em curso uma nova recessão.

O fim do abono emergencial, do programa de proteção dos empregos e de apoio às empresas, fez reduzir a renda disponível para o consumo das famílias e ampliou o fechamento de empresas. Diversos estudos indicam a grande relevância das transferências de renda para a proteção social e econômica. Esses estudos indicam que sem essas transferências de renda a queda do PIB estaria no intervalo entre -8% a -14% em 2020, duas ou três vezes maior do que o tombo de -4,1%. Mesmo assim, apesar de todas as propostas, demandas e recomendações, os programas foram simplesmente encerrados. E agora se propõe retomar com amplitude muitíssimo menor.

O agravamento da crise sanitária obrigará o lockdown (fechamento), gerando o efeito sanfona na economia, tornando desesperadora a situação para milhares de empresas. Os óbitos se multiplicam e o país já é o pior caso em número de mortes diárias, superando os EUA. As novas cepas do covid-19 tornam o Brasil o centro da preocupação mundial pela OMS.

Nesse quando, o governo corta ainda mais os gastos sociais e os investimentos. Propõe novas regras, ainda mais restritivas, para o orçamento público. Há muita capacidade ociosa no sistema produtivo, o que desmotiva o investimento privado. A renda cai e a massa salarial diminui, o que retira potência do consumo das famílias. A inflação aumenta o custo de vida e arrocha a massa salarial real. Todas as locomotivas para a retomada do crescimento econômico estão travadas, desligadas ou desmobilizadas. Sem planejamento e Estado atuante na proteção social e em iniciativas econômicas anticíclicas, uma tragédia ainda maior será inevitável.

A atuação dos Governadores, Prefeitos e do Congresso Nacional é essencial para suprir, em parte, a criminosa inoperância do governo federal, assim como será fundamental a sociedade ampliar sua mobilização contra essa situação. É nesse contexto de adversidade absoluta que se deve gerar força social para, primeiro, resistir à morte, à recessão e ao desemprego e, em seguida, recuperar o país da destruição em curso e recolocá-lo em uma nova trajetória de desenvolvimento econômico, social e ambiental.

Vanessa Grazziotin: "A luta pelo empoderamento da mulher"


A partir dessa constatação é legitimo concluir que a completa emancipação das mulheres só será possível com uma nova sociedade, que seja livre das amarras de um sistema cuja essência é a exploração, o individualismo, a falta de solidariedade, a violência contra o povo e que tem na opressão de gênero e raça seus sustentáculos fundamentais. 

E é exatamente contra essa situação, de dupla exploração e de opressão, que precisamos mobilizar mulheres e homens. Transformar a violência, o desrespeito e a negação dos espaços de poder às mulheres em combustível para a luta de transformação social, capaz de assegurar uma vida mais digna à todas e que contribua para a construção de uma sociedade melhor, mais justa, solidária, socialista.

Dentre os aspectos centrais da luta das mulheres estão: a luta por igualdade no mundo do trabalho, contra a tripla jornada de trabalho e os salários inferiores; o combate à violência; a defesa dos diretos sexuais e reprodutivos, etc. Aqui, entretanto, sugiro que façamos uma reflexão sobre a sub-representação feminina nos espaços de poder e decisão que, assim como a sub-representação de negros e negras, denunciam de forma cabal as desigualdades sociais de gênero e raça, bem como as relações de poder desiguais entre homens e mulheres e entre brancos e pretos.

De forma simples e sem qualquer pretensão acadêmica, diria que, nesse debate, o que importa não é a origem do termo “empoderamento” ou mesmo se ele é amplamente utilizado pelo capital,  com objetivos liberais e com o propósito de incentivar as mulheres a se inserirem no “mercado” através do esforço individual, dentro de uma perspectiva meritocrática. O que interessa às forças liberais não é o poder político e decisório eventualmente conquistado pelas mulheres e muito menos a sua emancipação. Pelo contrário. Ao capital só interessa o poder econômico que elas adquirem a partir do momento em que ocupam espaços no mercado de trabalho e que avançam nas responsabilidades pelo sustento das famílias. Hoje mais de 45% das famílias brasileiras são sustentadas por mulheres, enquanto em 1995 eram apenas 25%.

Do ponto de vista do feminismo emancipatório, além da autonomia financeira, do poder econômico, precisamos perseguir duas outras vertentes do empoderamento: primeiro o poder do conhecimento, do saber cidadã, autônomo e transformador, que gera consciência e engajamento na luta por mudanças sociais; e, segundo o poder efetivo, político, a ocupação dos espaços de decisão, em todas as esferas, tanto no setor público quanto no privado.

O poder do saber leva a mulher a conhecer as razões de sua opressão e sofrimento, a compreender as causas que levam à sua exclusão e submissão e, portanto, a lutar por seus direitos e sua emancipação. Já a ocupação dos espaços de poder político efetivo abre caminhos para avançar, de forma mais rápida, nas conquistas por igualdade, diminuição da discriminação e da violência, sobretudo no ambiente doméstico. 

O empoderamento traz visibilidade, reconhecimento e respeito às mulheres, contribui para diminuir a situação de “superioridade masculina”, construída e mantida pela sociedade machista e patriarcal. Poder e autonomia financeira das mulheres são fundamentais na busca da igualdade de gêneros.

Os inúmeros, repetidos e crescentes casos de violência e feminicídio que atingem as mulheres, alcançam todas as classes sociais, inclusive aquelas que já adquiriram a independência econômica e que até mesmo ocupam uma situação de superioridade financeira em relação ao companheiro. Essas também estão expostas à opressão e à violência, pois continuam a serem vistas e tratadas como seres inferiores, subalternos, que não ocupam os espaços de comando e, portanto, “não estão à altura dos homens”. Mulheres até são vistas como capazes e inteligentes, mas os espaços de Poder “não são para elas”. Elas “devem obediência ao sexo forte”. E, assim, o sistema continua a usar de todos os meios para difundir e naturalizar a situação de opressão contra as mulheres, seja de forma sutil ou explicita.

O alijamento das mulheres dos espaços de poder pela sociedade capitalista é tão gritante e injustificável  – principalmente num momento em que elas são responsáveis por quase a metade da produção da riqueza – que esse aspecto representa uma das mais evidentes e claras denúncias da situação de opressão, levando a própria estrutura do sistema a “denunciar” essa situação brutal e desfavorável, que tanto sofrimento tem causado às mulheres. 

Mesmo no âmbito do atual sistema, e mesmo que os objetivos sejam liberais, é importante sim, para o desenvolvimento da nossa luta emancipacionista, o fato de que organismos internacionais operem em favor das mulheres. A própria Organização das Nações Unidas (ONU), órgão internacional de maior importância para o sistema capitalista, coloca entre seus onze principais objetivos, a “Igualdade de Gênero“, e vários dos organismos de seu sistema atuam na questão, como o Programa  das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), que estabelece o “Índice de Empoderamento das Mulheres”, como forma de medir a sub-representação feminina nos espaços de poder, criaram até a  ONU Mulher, que objetiva a promoção de igualdade de gênero e o “empoderamento” feminino; e o Banco Mundial coloca a questão da busca pela igualdade de gênero como um fator de referência para o acesso a financiamentos públicos.

Ocupar os espaços de poder significa participar de decisões, elaborar leis, estabelecer políticas públicas, as quais, com a participação feminina, tendem a ser mais inclusivas e menos discriminatórias.

Alcançar e ocupar os espaços de poder significa ampliar os horizontes e avançar na conscientização das mulheres. Por isso devemos lutar para ocupar mais cadeiras no parlamento, evoluindo inclusive na legislação que assegure não apenas cota de disputa, mas vagas efetivas. Mais posições no Executivo, no judiciário, nas empresas públicas e privadas, nos conselhos, enfim, em todos os lugares, pois, todo lugar é lugar da mulher! Por fim, para nós, feministas, a luta pela ocupação dos espaços de Poder é a própria luta contra as estruturas institucionalizadas de discriminação das mulheres e da divisão sexual do trabalho e, portanto, deve ser vista como uma luta estratégica, uma luta pelo processo de emancipação das mulheres e de toda a sociedade.

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*Vanessa Grazziotin é secretária nacional da Mulher do PCdoB. Foi dirigente estudantil e sindical. Foi vereadora em Manaus, deputada federal e senadora pelo PCdoB Amazonas. Foi procuradora da Mulher no Senado.
** Artigo Publicado originalmente na Tribuna de Debates da 3ª Conferência Nacional do PCdoB Sobre a Emancipação da Mulher

Eleição no SINPROESEMMA está mantida pra Quarta-Feira 03 de Março


A todo momento alguns associados que não conseguiram inscrever chapas para as Eleições/2021 da Diretoria Geral e Conselho Fiscal do SINPROESEMMA buscam a Justiça para afrontar as normas estatutárias.

Até agora foram 05(cinco) ações judiciais, todas sem êxito, já que o processo eleitoral está seguindo as normas estatutárias, fruto da vontade autônoma da categoria, conforme previsto no Art. 8º, I da Constituição Federal.

O desespero e a deslealdade são tamanhos que alguns estão ajuizando várias ações com o mesmo objeto e partes distribuídos a juízes diferentes na busca de uma decisão favorável o que é fraude e proibido legalmente.

Na Justiça do Trabalho, duas professoras que não conseguiram formar chapa por total desconhecimento do Estatuto, ajuizaram uma ação pedindo a ampliação ilegal do prazo de inscrição de chapas, sendo concedida liminar que depois foi cassada por decisão proferida no Mandado de Segurança nº 0016063-02.2021.5.16.0000, impetrado pelo SINPROESSEMA, onde o Tribunal Regional do Trabalho entendeu que a Justiça do Trabalho não é competente para julgar ações entre associados e sindicatos de servidores públicos, conforme entendimentos recente do Supremo Tribunal Federal e Tribunal Superior do Trabalho.

Tentando enganar de forma vil a Justiça as mesmas professoras ajuizaram outra ação na Justiça do Trabalho pedindo o adiamento das eleições sem fazer referência a decisão no Mandado de Segurança do SINPROESEMMA, tendo a juíza aceitado o pedido e expedido liminar adiando o pleito por 4(quatro) meses. O SINPROESEMMA informou a Juíza da 5ª Vara do Trabalho da tentativa escrachada de fraude das partes e a decisão foi imediatamente revogada nesta tarde de terça-feira, (02.03.2021).

Outro grupo de professores que desconhecem as regras estatutárias do Sinproesemma, ajuizou duas ações na Justiça Comum com o mesmo pedido e outra na Justiça do Trabalho, tentando também burlar a Jurisdição, porém não obtiveram êxito, sendo indeferidas as liminares.


Portanto, as eleições do Sinproesemma estão garantidas e vão acontecer normalmente nesta quarta-feira, dia 03 de março de 2021 e com a certeza de que a categoria repudiará as tentativas sórdidas de quem sequer consegue montar uma chapa para concorrer honestamente ao pleito eleitoral e tenta atrapalhar com atuação fraudulenta.

O QUE ESPERAR DAQUELES QUE TENTAM FRAUDAR A JUSTIÇA?

Mais uma indústria abandona o Brasil: Sony fecha fábrica em Manaus no final deste mês.


A Sony Brasil, filial da multinacional japonesa, comunicou hoje o fechamento de sua fábrica em Manaus no final deste mês. Com isso será interrompida a produção de eletrônicos como aparelhos de TV, câmeras, máquinas fotográficas e equipamentos de áudio. A distribuição e vendas desses produtos serão interrompidas no meio do ano.

Os demais negócios do Grupo Sony, como o videogame PlayStation, que é importado, seguirão no mercado brasileiro com sua rede de assistência técnica.

A filial da multinacional japonesa já havia comunicado o fechamento da fábrica em setembro passado. Na época, informou também a demissão dos seus 220 funcionários. A fábrica operou durante 36 anos. Mas a empresa chegou ao Brasil em 1972.

Assim que a Sony anunciou o fechamento de sua fábrica na capital do Amazonas, o governo de Jair Bolsonaro teria tentado reverter a decisão. Incumbido da tarefa, o Ministério das Comunicações não conseguiu concretizar o plano.

De acordo com a revista Época, o relato havia sido feito no Twitter por um assessor de imprensa, mas o post acabou apagado pouco depois que tem entre seus clientes a multinacional que, então, prontamente encaminhou a demanda ao setor responsável.

Com o anúncio, a Sony é a segunda empresa a fechar as portas no Brasil. Em 11 de janeiro, a montadora Ford anunciou sua saída do Brasil. Em 2019 a empresa havia fechado a fábrica de São Bernardo, no ABC paulista, mas mantinha as unidades de Camaçari (BA), Taubaté (SP) e Horizonte (CE).

No total, as fábricas somam 5 mil trabalhadores.

Fonte: Rede Brasil Atual